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Nº 5759
Polícia

Delegada retira presos temendo invas�o

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Os quatro trabalhadores presos na semana passada, em Messias, acusados de saquear um caminhão de mercadorias da empresa Nestlé, que tombou na rodovia de acesso ao município, foram transferidos, ontem, para Maceió. O diretor-a

Por | Edição do dia 05/04/2006 - Matéria atualizada em 05/04/2006 às 00h00

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Os quatro trabalhadores presos na semana passada, em Messias, acusados de saquear um caminhão de mercadorias da empresa Nestlé, que tombou na rodovia de acesso ao município, foram transferidos, ontem, para Maceió. O diretor-adjunto da Polícia Civil, delegado Roberto Lisboa, disse que a transferência foi realizada por questões de segurança. Ele confirmou a informação de que a delegada do município, Lucy Mônica, descobrira um plano para resgatá-los da cadeia. Embora nem todos os presos sejam ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), um grupo com bandeiras dessa organização tentou, na manhã de ontem, fechar as rodovias BRs 104 e 101, em protesto contra a transferência dos presos. Mas, da mesma forma que o plano de invasão da delegacia, a tentativa de bloqueio foi abortada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que fazia uma operação naquela área. O desmantelamento da ação dos sem-terra foi um dos resultados da operação de combate ao crime realizada ontem por patrulheiros rodoviários e agentes das polícias Civil e Militar (Leia mais na E16). Quadrilha “Tínhamos a informação de que a delegacia seria invadida. Não dava para esperar a tentativa de resgate”, disse o delegado Roberto Lisboa. Diante da informação, acrescenta ele, a delegada do município decidiu agir e providenciou a remoção dos acusados para Maceió. Também por questões de segurança, o diretor-adjunto não revela qual a delegacia da Capital onde estão os presos. A polícia quer evitar que militantes sem-terra se dirijam ao local para novas manifestações. Os quatro homens detidos são acusados de receptação de mercadorias roubadas e formação de quadrilha. Eles estavam entre as dezenas de populares que, no dia 27 de março último, saquearam as mercadorias do caminhão que tombou nas proximidades do município de Messias. Os saqueadores levaram caixas de chocolate da marca Nestlé, e também a carga de charque que era transportada no veículo. Punição Os acusados foram flagrados comprando parte da mercadoria saqueada. Em conseqüência, poderão responder por crimes de receptação culposa. A pena é de detenção e varia de um mês a um ano, multa ou ambas. Pesa contra eles também a acusação de formação de quadrilha. A pena é de reclusão de um a três anos. Procurados para falar sobre o caso, dirigentes do MST em Alagoas não foram localizados. Na sede do movimento, em Maceió, uma funcionária explicou que os dirigentes que respondem pelas ações da organização estão fora do Estado. A mesma funcionária revelou o número de telefone de José Silva, dirigente na área do Sertão, mas o aparelho celular estava fora da área de cobertura. Até ontem, a polícia não tinha informações sobre os responsáveis pela elaboração do plano de resgate com invasão da delegacia.

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