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PCC e Comando Vermelho agem em Alagoas

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RÓDIO NOGUEIRA Condenado a 30 anos de prisão por latrocínio, crime praticado em uma cidade do interior alagoano, Henrique Raniery, 43 anos, afirma ter certeza de que o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (organizações criminosas do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente) têm bases nos presídios Baldomero Cavalcanti e Instituto Penal São Leonardo. “Nos últimos cincos anos, todas as fugas, rebeliões e assassinatos tiveram o dedo das duas organizações criminosas. Sou um homem marcado para morrer e não posso revelar nomes. Minha vida na prisão não vale nada. Se a transferência de presos de outros Estados para Alagoas for efetivamente investigada é possível chegar à conclusão de que é manobra das duas facções que espalham bandidos em todas a cadeias do Brasil para poder ter condições de realizar rebeliões coletivas e mostrar o poder das organizações”, denuncia Raniery. O presidiário alerta para o fato de que todo o sistema prisional brasileiro tem partes podres e viciadas, pois funcionários públicos se misturam a bandidos para obter vantagens que muitas vezes são altíssimas. “Quero esclarecer que não posso generalizar esta questão. Em Alagoas eu já conheço um pouco do que ocorre nas prisões. Posso afirmar que tem muita gente boa. Mas tem muita gente com cara de anjo que age como bandido na expressão da palavra. Mais uma vez não posso apontar nomes porque serei vítima das minhas denúncias -, relata Henrique Raniery. A fuga do seqüestrador Ozélio Oliveira, que participou do seqüestro do músico Wellington Carmargo irmão de Zezé de Carmargo e de Luciano, segundo Raniery, foi financiada pelo CV e PCC, que têm dinheiro suficiente para comprar agentes e policiais corruptos no sistema podre das cadeias. “O Ozélio está condenado a mais de 100 anos de prisão. Quando estava no Baldomero era vigiado 24 horas. De repente sai de uma cadeia de segurança “mais ou menos” máxima e vai para o São Leonardo, que de seguro não tem nada. Não deu outra coisa: fugiu”, relata Raniery, acrescentando que a fuga de Ozélio custou 10 mil reais.

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