Alagoas registrou 339 assassinatos no semestre

Alagoas registrou 339 assassinatos, do dia 1º de janeiro a 18 de junho deste ano, segundo dados do Instituto Médico Legal Estácio de Lima e IML de Arapiraca. Das vítimas que tiveram seus corpos enviados a Maceió, num total de 287, a maioria foi assassinada com arma de fogo (180), enquanto 107 pessoas foram executadas com outros instrumentos: faca, cacete e até barras de ferro. Do total, cerca de 45%, ou seja, 128 vítimas, estavam na faixa etária de 1 a 25 anos. Janeiro, com 65 homicídios, foi o mês mais violento. Já, o mês de maio, com 45 assassinatos, foi considerado o mais tranqüilo. Os meses de fevereiro (51), março (50) e abril (51) tiveram, em média, 50 homicídios no Estado. Em junho, até o último dia 18, tinham ocorrido 25 assassinatos. Segundo os funcionários do IML de Maceió, 18 corpos não identificados foram sepultados como indigentes, em cova rasa, no Cemitério Divina Pastora, em Rio Novo. Abaixo da média O secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo, afirmou que o quantitativo está abaixo da média se levado em consideração o ano de 2001 (383 assassinatos nos seis primeiros meses). Ele lamentou a ocorrência de tantos homicídios, pois caso não ocorressem, “a Defesa Social não precisaria discutir as estatísticas dos seis primeiros meses do ano”. Arecippo destacou que a atual gestão vem se preocupando em aumentar o número de policiais nas ruas. No entanto, o trabalho vem enfrentando problemas, em virtude do quantitativo das polícias Civil e Militar. “O trabalho desenvolvido não atinge, muitas vezes, o objetivo de transmitir um pouco mais de segurança, que a sociedade bem merece, e que o Estado tem o dever constitucional de garantir”, advertiu o secretário. Mínimo Ele acrescentou que, dentro do mínimo necessário disponível em meios de segurança, está sendo de- senvolvido um trabalho que busca atender aos anseios de todos. “Tanto assim que estamos nas vias finais do concurso público além da preocupação da Defesa Social na aquisição de viaturas, armamento e investir em treinamento de pessoal”, salientou. A Secretaria de Defesa Social não dispõe de dados a respeito do número de crimes que foram esclarecidos pela polícia nos últimos cinco meses, visto que algumas investigações estão em andamento e os inquéritos foram remetidos à Justiça com pedido de devolução, enquanto outros retornaram à delegacia para diligências complementares.