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Assassinatos revoltam popula��o do Interior

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Em 2001, na cidade de Porto Real do Colégio, a advogada Jane Barros Barbosa foi morta a tiros e facadas pelo próprio cliente. O criminoso a atraiu para uma casa abandonada alegando querer tratar de um assunto ligado à sua causa e a matou sem chances de defesa. O crime causou revolta e grande comoção na cidade visto a advogada ser de família tradicional e muito conhecida. O assassino, cinco meses depois, foi preso em São Paulo pelo delegado Robson Natário. Assumiu a autoria mais não revelou o motivo do crime. No Povoado Bananal, localizado na zona rural de Viçosa, a estudante Maria Cícera da Silva, 16, havia acabado de sair da escola e seguia para sua residência. No caminho, foi atacado por um estuprador, levada para o mato, usada sexualmente e depois morta a golpes de cacete. O criminoso foi preso no dia seguinte quando tentava fugir para São Paulo. Outro crime que deixou a sociedade local revoltada e que culminou com a realização de um ato público pelas ruas do município. “O desequilíbrio mental junto ao desequilíbrio sexual tem levado muita gente a cometer crimes bárbaros contra jovens incautas. No entanto, a matéria explicativa em sua totalidade é de competência de psicólogos e estudiosos do assunto”, comenta a delegada Maria Aparecida. “Já ouvi revelações escabrosas. Certa vez um jovem de cerca de 20 anos foi preso em flagrante tentando estuprar uma menina de 16. Ao ser levado para a delegacia, ele disse que gosta de meninas e que não consegue se controlar. É um distúrbio”, relata a delegada. Aparecida acredita que boa parte da mídia tem sua participação no contexto dessa violência. Segundo avaliação da delegada, a televisão mostra cenas de violência e sexo em horários cuja programação é dedicada a jovens, o que, acredita, influencia na formação e comportamento de jovens. Duplo Em São Miguel dos Campos um duplo homicídio chocou a população este ano. As primas Hellen Gonçalves e Midrilene Oliveira, ambas com sete anos de idade, foram vítimas de seqüestro e três dias após foram encontradas estranguladas em um terreno baldio. O delegado Antônio Carlos de Azevedo Lessa, com base em denúncia e investigação, prendeu Demetrius Sival, José Carlos e Márcio Anunciação como os autores. Eles negam, mas tiveram a prisão preventiva decretada e estão no Baldomero Cavalcanti. O duplo homicídio gerou revolta e a delegacia por pouco não foi invadida. Na prisão os três acusados estão em cela de segurança máxima porque podem ser trucidados, já que na cadeia crime contra mulher, e sobretudo criança, não é perdoado pelos detentos. A professora Gildete Lima Alves, 40, recebeu o salário de 400 reais da escola onde lecionava no Benedito Bentes. Andou até o terminal de coletivo no Village Campestre. Dali pegaria um coletivo e seguiria para sua residência, no Clima Bom. No entanto, um tiro na cabeça disparado por um assaltante acabou com sua vida e seus sonhos. A professora, segundo informações, todos os dias, no mesmo horário, esperava o marido que ia buscá-la, justamente porque temia que ela fosse vítima de bandidos. No dia do crime, ele não apareceu no terminal. Mãos amputadas No Sítio Brenhas, no município de Santana do Mundaú, o agricultor enfurecido José Francisco, 45, matou a esposa Larisvalda Albuquerque, 28, com vários golpes de facão. Segundo a polícia local, insatisfeito, ele cortou as duas mãos da doméstica. Este crime também provocou uma grande manifestação pelas ruas da cidade e povoado. O autor foi preso. Se for condenado pode pegar ate 30 anos por se tratar de crime hediondo. “Estes casos por si já mostram a violência contra as mulheres”, conclui Aparecida.

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