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Nº 5900
Polícia

Pol�cia sabia de amea�as a empres�rio

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Por | Edição do dia 04/09/2008 - Matéria atualizada em 04/09/2008 às 00h00

O empresário Mário Jorge Santana Filho sabia que estava marcado para morrer e apresentou uma série de denúncias contra integrantes do crime organizado em Arapiraca dois dias antes de ser assassinado. No último dia 26, Mário Jorge esteve em duas reuniões com integrantes do Núcleo Integrado de Repressão ao Crime Organizado (Nirco) da Polícia Civil e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), do Ministério Público. Os encontros duraram horas e, entre as acusações, Santana apontou a empresária Lúcia Lira, viúva do empresário Severino da Bananeira, como a pessoa que estaria envolvida no financiamento de seu homicídio. No dia seguinte às reuniões, três pessoas foram assassinadas na Chacina do Sítio Poção, em Arapiraca. Entre elas, o comerciante Cícero Pedro da Silva, o “Cícero do Abacaxi”. Horas depois, ainda naquela noite, a vítima foi o próprio Mário Jorge, perfurado por mais de vinte balas de pistola quando saía da residência de Cícero, depois de prestar solidariedade aos seus familiares. ### Operação atingiu organização que atua há 10 anos Dois delegados da Polícia Civil, dois policiais militares, um cabo do Corpo de Bombeiros, o irmão de um delegado e alguns dos comerciantes mais ricos do Agreste estão na lista de doze acusados presos pela Operação Tamaron até o início da tarde de ontem. Baseada no nome de um agrotóxico que já matou muita gente nas plantações de fumo, a maior operação da história da polícia alagoana já realizada em Arapiraca atingiu em cheio uma organização criminosa que age há cerca de dez anos e aglutina quadrilhas, grupos de extermínio, empresários influentes e policiais. Os delegados e diretores da Polícia Civil, Fabiana Leão e Maurício Henrique Duarte fizeram um balanço da operação, em entrevista coletiva ontem pela manhã. ### PM sumiu antes da ação de pistoleiros O delegado Maurício revelou que o policial militar Edilson Lira é acusado de envolvimento no assassinato do empresário Mário Jorge Santana. “Este Edilson conduziu o Mário Jorge até o local do crime e estranhamente desapareceu momentos antes da ação dos pistoleiros”. O filho de Edilson, de 11 anos, estava na caminhonete com Cícero do Abacaxi e é o único sobrevivente da Chacina do Poção. Os outros funcionários públicos da área se segurança ainda presos são os policiais civis Alessandro (o Supla), Alberto (o Betinho Seringa), o policial militar Sargento Palmeira e o cabo do Corpo de Bombeiros, José Josenilton Amaral de Brito. Juntam-se à lista o irmão do delegado Gilberto, Humberto França, a ampresária Lúcia Lira (a Lúcia do Bananeira), José Ronaldo Soares Santos (o Ronaldo Marchante), o comerciante Paulo José Ferreira (o Branco do Cigarro) e Sandro da Bebida. ///

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