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Quando o bandido e a lei s�o amea�as

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Delmiro Gouveia – Para o fazendeiro e comerciante Genivaldo Ferro, o Nininho, o melhor negócio, para os bandidos, foi a lei restringindo o porte de armas. Depois da lei, avaliou ele, a violência cresceu na região e Nininho diz que é porque os bandidos sabem que o cidadão foi desarmado. “Desarmaram o cidadão e armaram os bandidos. A lei que limitou o porte de arma só beneficiou os marginais, que andam armados sem ser importunados, enquanto o cidadão, o pai de família, se obtiver uma arma para a sua defesa pessoal vai preso e responde a inquérito”, desabafou. Dono da mais tradicional churrascaria de Delmiro Gouveia, Nininho morou trinta anos em São Paulo, fez a vida lá e decidiu retornar a Alagoas para viver a tranqüilidade do Sertão; não imaginava que a situação se tornasse complicada e a violência crescente fosse uma ameaça. “E de nada vai adiantar fazer reuniões, se o Estado não estiver disposto a investir na prevenção. É preciso colocar a polícia na rua e fazê-la agir para evitar os crimes. O que temos visto é a polícia servindo apenas para ir buscar o corpo da vítima. Vivemos encurralados, desconfiados de tudo; perdemos o sossego”. Expansão Localizado na divisa de Alagoas com a Bahia, Pernambuco e Sergipe, o município de Delmiro Gouveia cresceu em torno da fábrica de tecidos, que hoje pertence ao Grupo Carlos Lyra. Virou empório que abastece a região e, com isso, atraiu aventureiros, que se aproveitam das facilidades de acesso, com as divisas sem policiamento. A expansão da cidade incrementou a vida noturna e o comércio informal, onde atuam adultos e crianças. Carlos Alexandro dos Santos, 13, e Erivan Martins Novaes, 12, sobrevivem vendendo churrasquinhos. Faturam 40 reais, os dois, por semana. Eles não se arriscam a ficar até tarde na rua – durante a madrugada o incauto pode ser vítima de motoqueiros, que praticam assaltos, confundindo-se com mototaxistas. “São mais de duzentos motoqueiros em Delmiro, atuando sem controle”, denunciaram os promotores.

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