Promotores cobram a��o da pol�cia no Sert�o

ROBERTO VILANOVA Delmiro Gouveia ? Os seis promotores de comarcas do alto sertão alagoano cobraram mais eficiência e ação das polícias Civil e Militar na região. Reunidos na quarta-feira passada, com o secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo, comandantes de batalhões da PM na região e o procurador José Carlos Malta, que representou o procurador-geral do Estado, Lean Araújo, eles denunciaram a falta se segurança e ousadia dos criminosos, que agem impunemente. O promotor de Delmiro Gouveia, Marcos Antônio Malta, anfitrião da reunião realizada no Clube Vicente Menezes, à noite, denunciou a liberdade para a prática de crimes na região, que reúne os municípios que fazem a divisa de Alagoas com Pernambuco, Sergipe e Bahia. ?Drogas e armas circulam livremente; quem comete um crime em Alagoas foge para Pernambuco ou Bahia e vice-versa, ninguém consegue prender?, denunciou. Relatos Cada um dois seis promotores, titulares das comarcas de Água Branca, Mata Grande, Piranhas, Canapi, Inhapi e Delmiro, fez o relato da situação em sua área; e a conclusão unânime é de que o trabalho das polícias Civil e Militar não corresponde às necessidades por uma série de fatores, o principal deles a falta de estrutura. O promotor de Piranhas lembrou o caso de uma pessoa que foi atropelada e amarrada ao pára-choque traseiro de uma caminhonete, para ser arrastada por vinte quilômetros. ?O dono do carro não gostou porque o veículo foi arranhado pela bicicleta da vítima. Muita gente viu a caminhonete arrastando o corpo, para depois abandoná-lo no acostamento da rodovia que vai para Piranhas. Isto é o cúmulo?. Os coronéis comandantes de batalhões na região e os delegados insistiram na falta de condições, principalmente homens e viaturas, para combater a violência no Alto Sertão. ?Esta é uma região complicada, por causa da proximidade com as divisas de três Estados ? Pernambuco, Bahia e Sergipe. Na verdade, não temos condições de cobrir toda a área?, reconheceu um dos oficiais.