Polícia
Greve da PF tem ampla ades�o em Alagoas

Policiais federais de Alagoas aderiram, ontem, à paralisação nacional de 24 horas, em protesto contra a medida provisória 51/2002, que cria seis mil cargos de nível médio na Polícia Federal (PF), além de estabelecer o uso da PF na política. Na capital, a paralisação foi marcada por manifestações em frente à sede da Polícia Federal, no Jaraguá. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando, se a MP for colocada em vigor pelo governo federal, a categoria deflagrará greve por tempo indeterminado durante as eleições de outubro. A medida já foi assinada pelo presidente da República e o ministro da Justiça. Esperamos que eles se sensibilizem com o movimento da categoria, e deixem de adotar esta medida que somente nos prejudicaria, acentuou. Na avaliação do presidente, a exigência de apenas o nível médio para a polícia federal fardada contraria por completo a exigência do nível superior que vem sendo feita desde 1996. Jorge Venerando disse que o governo mente quando anuncia a criação de 6 mil vagas com salários altos e desprezando a categoria dos servidores administrativos que lutam por uma carreira de apoio. Ele acrescentou que os servidores administrativos do Estado lidam com informações sigilosas, ou seja, dão o máximo de apoio à polícia federal. Não podemos admitir que o governo terceirize a área de segurança e administrativa da polícia federal, e deixe de regularizar os servidores administrativos que são verdadeiros profissionais em suas funções, ressalta. Outra proposta do governo, conforme o presidente do sindicato, será substituir os policiais federais por pessoas estranhas para atuarem no Serviço de Inteligência da PF. A própria medida diz que os policiais serão substituídos por especialistas em informações policiais, em outras palavras, os arapongas, que serviram a políticos desonestos e sem caráter.