Polícia
Encontrados 9 corpos em cemit�rio clandestino

Nove cadáveres de homens na faixa etária entre 18 e 20 anos foram encontrados crivados de bala e alguns com marcas de estrangulamento em um cemitério clandestino, na manhã de ontem, no município de Coqueiro Seco, mas o número de mortos pode chegar a 14. No local, peritos do Instituto de Criminalística (IC), também encontraram várias ossadas. O cemitério foi descoberto por um caçador, que não pode ter o nome revelado. As cenas chocaram a cúpula da Secretaria de Defesa Social que promete esclarecer o caso o mais brevemente possível. Para a policia, as pessoas executadas e que tiveram seus corpos abandonados no local foram vítimas do mesmo grupo, que escolheu a área por achar que os restos mortais não seriam localizados facilmente, por se tratar de uma mata fechada e distante da rodovia que corta a região. A princípio, se pensou que o cemitério estaria na jurisdição da cidade de Marechal Deodoro. Contudo, com base no mapa da região, um técnico constatou que se trata do município de Coqueiro Seco. Cadáveres Alguns dos cadáveres estavam parcialmente consumidos pelos urubus e animais que habitam a mata. Ontem mesmo, o Instituto Médico Legal deu início ao trabalho de identificação, solicitando a quem tiver parente desaparecido que procure o Estácio de Lima para tentar fazer o reconhecimento, levando fotos e fichas odontológicas para serem analisadas pelos peritos da Polícia Civil. A princípio o cemitério clandestino está sendo investigado pelos delegados Marcelo Moisés (Coqueiro Seco) e Tarcísio Vitorino (Marechal Deodoro). O delegado Carlos Alberto Fernandes Reis, diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), esteve no local e disse que também será nomeado um delegado especial para trabalhar no caso. Os promotores Cyro Blatter e Luiz Vasconcelos, do Núcleo de Combate à Violência do Ministério Público, que estiveram no local e acompanham o caso, disseram que a Secretaria de Defesa Social não vai medir esforços para que a identidade das vítimas seja levantada. Não se pode admitir que em Alagoas se instalem grupos de extermínio, ressaltou Blatter. O promotor Luiz Vasconcelos lembrou que a polícia tem todo o interesse na identificação das pessoas executadas e identificação e punição dos autores.