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Mortes violentas para dois irm�os

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Uma família marcada pela dor da perda de dois irmãos: vítimas da violência do trânsito e da brutalidade humana. A funcionária pública Vânia Fonseca de Gusmão, 48 anos, perdeu dois irmãos: Ricardo Sérgio Fonseca, aos 32 anos, em 28 de março de 1992, num acidente de trânsito, onde quatro morreram na hora e ele uma semana depois, e José Mário Fonseca de Gusmão, 33 anos, assassinado na frente dos filhos e da mulher, no dia 9 de maio de 1999. Vânia se mantém calma, até mesmo para enfrentar as audiências na Justiça, mas, à base de dois tranqüilizantes fortes por dia tipo Diazepan. Nos dias de maior impacto e sofrimento, ela chegou a tomar comprimidos mais fortes, junto com sua mãe, hoje com 74 anos, e saúde fragilizada pelos traumas vividos. José Mário Fonseca de Gusmão, conhecido com Marinho, era funcionário do INSS e morreu num barzinho em Ponta da Terra, num domingo à noite, Dia das Mães. “O Marinho nunca havia saído de casa para fazer farra e estava sentado tomando cerveja quando chegaram dois elementos, e um deles, se fazendo por policial, bateu no filho do meu irmão de apenas 15 anos, dizendo que ele estaria preso. Quando ele levantou a cabeça para saber o que se passava com o filho recebeu três tiros”, relatou Vânia, lembrando que a violência contra o seu sobrinho ficou impune. O assassino chamado Gedivan, tinha deixado o São Leonardo há apenas dois meses, segundo Vânia, mas andava armado. Foi preso em flagrante sendo condenado a nove anos de prisão, mas foi libertado com dois anos, beneficiado pela legislação que liberta o criminoso ao cumprir dois terços da pena. “Ele continua solto e drogado em outros bares, podendo fazer novas vítimas”, comenta Vânia, ao acreditar ter havido outras pessoas envolvidas no crime, que não podem ser mencionadas por falta de provas. “O assassino material chegou a ameaçar o meu sobrinho que havia matado o gatão e agora iria matar os gatinhos, o adolescente entrou em crise nervosa e foi obrigado a deixar o Estado, separando-se da mãe e da irmã”, disse Vânia. Em sua revolta interior, ela clama por Justiça. Trânsito O seu outro irmão, Ricardo Gusmão, era chefe de setor de pessoal da Secretaria de Estado da Saúde. O acidente foi causado por embriaquês da pessoa que dirigia o veículo, da marca Fiorino. O carro colidiu com um ônibus na estrada de Santa Amélia, depois que seus ocupantes saíam de uma festa. Todos morreram. Além de Ricardo, Vânia tem um outro irmão, José Gedilson Fonseca de Gusmão, 38 anos, com seqüelas de um acidente de moto, ocorrido há dois anos. “Ele está na cama, ou em cima de uma cadeira de rodas, já fez quatro cirurgias, mas o organismo rejeita a platina e fica supurando sempre”, informou Vânia, lembrando que o irmão chora dia e noite, inconformado com a situação. A própria Vânia já foi vítima do trânsito e quase perdeu a perna há cerca de 12 anos num acidente de moto. “Depois que perdi meu irmão fiquei com traumas e só ando de carro de olhos fechados. Quando meus familiares viajam, só descanso quando chegam ao destino e logo depois do acidente com o Ricardo eu só via cenas de carros batendo na minha frente”, comentou, lembrando que passou um período da vida também com traumas de má notícia pelo telefone. Ela recomenda que as pes-soas não dirijam alcoolizadas, nem em excesso de velocidade e tenham cuidado com bicicleta, carroça ou moto. Das autoridades, solicita mais guardas de trânsito nas ruas e campanhas educativas para conscientizar os motoristas.

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