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Morte violenta atinge mais de quatro por dia

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ANA MÁRCIA Morrem por dia em Alagoas mais de quatro pessoas (4,87) vítimas de homicídios, acidentes de trânsito ou outros tipos de violência, que caracterizam as chamadas causas externas de mortalidade (dados referentes ao ano de 2001). No ano passado morreram 1.778 pessoas, o equivalente a 11% de todas as mortes registradas no Estado. Noventa e dois por cento das vítimas de homicídios eram homens, assim como 81% dos mortos em acidentes de trânsito. Os dados são do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e colocam a violência como um grave problema de saúde pública, uma epidemia que atinge, sobretudo, o adulto jovem do sexo masculino, significando perdas na população economicamente ativa. É a quarta causa de mortes em Alagoas, acima das doenças infecciosas e parasitárias. Para o secretário de Estado da Saúde, Álvaro Machado, a violência é um dos maiores problemas de saúde pública e não só de Justiça, que afeta as pessoas de todas as idades. No caso dos acidentes de trânsito, ele defende campanhas educativas, sobretudo nas escolas, para reduzir imprudências como excesso de velocidade, motoristas alcoolizados, manobras arriscadas, desatenção e outros comportamentos. Trânsito “As pessoas morrem ou ficam paraplégicas, tetraplégicas, incapacitadas para sempre e a violência no trânsito tem relação direta com a desinformação, com o desconhecimento ou a falta de conscientização dos direitos e deveres de cidadania e, sobretudo, em função do sentimento generalizado de impunidade”, diz Álvaro Machado, ressaltando a importância de reduzir as mortes violentas, através de um estudo epidemiológico das causas da violência, inclusive com a participação da Universidade Federal de Alagoas. Ele defende a tomada de consciência sobre essa difícil realidade por parte dos diferentes segmentos da sociedade civil. Na sua opinião, é necessário associar ao processo educativo, apoiando o protagonismo juvenil na conscientização de seus pares e junto aos remanescentes de acidentes, no trabalho de recuperação e reintegração física e social. De acordo com Álvaro Machado, a Sesau atua com ações capazes de melhorar o atendimento de urgência e emergência: conseguiu reduzir a mortalidade na Unidade de Emergência de 22% em 1998, para 16% em 2001, mas o ideal seria ficar abaixo dos 12%. Trauma Seria importante, segundo o secretário, dispor de uma unidade só para atender trauma, mas a Central de Regulação e Leitos, que junto ao Corpo de Bombeiros faz o trabalho de resgate de vítimas de acidentes, tem o papel de contribuir para reduzir óbitos e seqüelas de traumas. Outra melhoria será a Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, amenizando a superlotação da Unidade de Emergência de Maceió. Durante todo o ano passado, 16.066 pessoas morreram em Alagoas. Desse total, 4.197, ou o equivalente a 26% morreram, mas não tiveram a causa da morte definida e registrada, porque os óbitos ocorreram em casa, ou em situações onde não houve a presença de um médico. Em segundo lugar aparecem as mortes por doenças cardiovasculares, com 3.069 óbitos, o equivalente a 19,1% das mortes no ano. Em terceiro lugar vêm os óbitos de crianças no período perinatal. Depois vêm as mortes violentas; as doenças do aparelho respiratório, com 1.125 óbitos (7% do total) e as doenças infecciosas e parasitárias, com 1.022 óbitos, referentes a 6,3% do total de óbitos.

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