Polícia
Marcos Cavalcante � colocado em liberdade

Condenado a 22 anos de prisão depois teve a pena reduzida para 16 anos por envolvimento com a gangue fardada, o ex-soldado da PM, Marcos Cavalcante, foi colocado ontem em liberdade. Ele foi beneficiado com a progressão de pena, passando de regime fechado para o semi-aberto. Com isso, Marcos terá apenas que dormir na Casa do Albergado, passando o dia em liberdade. Ele ficou até agora quatro anos e sete meses no Presídio Baldomero Cavalcanti. Pela lei, o ex-soldado teve direito ao regime semi-aberto, porque já havia cumprido mais de um sexto da pena. A libertação de mais um integrante da família Cavalcante foi divulgada pelo seu advogado, Welton Roberto, que já conseguiu libertar Adelmo e Ademar, que também foram condenados a 16 anos de prisão. Processos Marcos Cavalcante é o único dos irmãos que foi condenado a apenas um processo. Ele foi absolvido no julgamento em que era acusado de assassinar um militar no município de Maravilha e impronunciado no processo que apurou o assassinato do ex-prefeito do município de São Luiz de Quitunde, José Ozório Nascimento, ocorrido em 1996. No fim do ano passado, os irmãos Adelmo e Ademar foram soltos por força de habeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou soltá-los até o julgamento da apelação contra a sentença. Mesmo com a apreciação do recurso por parte do Tribunal de Justiça, que manteve a condenação, mas reduziu as penas, Adelmo e Ademar ainda continuam em liberdade. Já o ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante, o mais velho dos irmãos, que foi considerado o líder da gangue fardada, deverá continuar preso por mais algum tempo. No total até agora, ele foi condenado a 30 anos de prisão por porte ilegal de arma e receptação, adulteração e desmanche de carros roubados. Pelo envolvimento com a gangue fardada, o ex-militar foi condenado a 26 anos de prisão, mas teve a pena reduzida para 20 anos pelo Tribunal de Justiça, que considerou a sentença muito alta. Caso Lessa Ele também responde pelo menos a mais três processos, sendo um por prática de extorsão e dois por homicídio. Um dos crimes foi o do delegado de Polícia, Ricardo Lessa. O julgamento seria realizado no fim do mês passado, mas foi adiado por causa do pedido de novas diligências pela defesa. O juiz que preside o processo, Paulo Nunes, pretende realizar o julgamento ainda este mês.