Polícia
Fuga dos Cavalcante leva Mano e ju�zes a refor�arem seguran�a

O ex-governador Manoel Gomes de Barros e o juiz Helder Loureiro tiveram a segurança reforçada a partir da fuga dos irmãos Marcos e Adelmo Cavalcante. Além deles, também demonstraram preocupação com a libertação de integrantes da gangue fardada o desembargador Jairon Maia Fernandes e o juiz Marcelo Tadeu, que condenou Marcos a oito anos de prisão. Em entrevista a uma emissora de TV, Mano disse temer represálias por parte dos irmãos Cavalcante, por ter sido um dos responsáveis pela prisão da quadrilha durante o seu governo. É necessário que determinados juízes, ao tomar suas decisões, façam antes uma reflexão, porque isso é coisa séria, alertou ele, referindo-se à soltura de Marcos Cavalcante, que foi beneficiado com regime albergue. Na sexta-feira, Mano afirmou que foi perseguido por um carro em que estava o ex-soldado. A partir desse episódio, ele considera que corre risco de vida. Já o juiz Helder Loureiro informou ontem que reforçou a sua segurança pessoal e da sua família. Estamos preocupados, a exemplo de todas as pessoas que chegaram a ser ameaçadas de morte, disse o magistrado, que normalmente anda escoltado por uma viatura da PM. Para Loureiro, a decisão de soltar Marcos foi atitude precipitada por parte do juiz Domingos Lima Neto, já que ele é um preso de alta periculosidade, afirmou. Presidente do TJ diz que Marcos tem de responder por homicídio O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Fernando Lima Souza, disse, ontem, que Marcos Cavalcante deve ser preso e levado de volta ao Presídio Baldomero Cavalcante, onde deve aguardar julgamento de um homicídio praticado no município de Maravilha. Segundo o magistrado, que está como governador em exercício, o ex-soldado foi absolvido da acusação de matar um colega de farda, mas houve apelação e o TJ anulou o julgamento. Ontem, o advogado Welton Roberto, que defende os irmãos Cavalcante, foi ao Tribunal de Justiça para conhecer os motivos que levaram o TJ a decretar a prisão de Marcos e Adelmo Cavalcante, que estão foragidos. Ele conversou com o presidente em exercício, desembargador Geraldo Tenório, que disse desconhecer naquele momento a fundamentação dos mandados de prisão. Mas o magistrado disse que ia se informar das medidas judiciais e pediu que o advogado retornasse hoje à tarde. Enquanto isso, os dois irmãos só vão se apresentar depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisar o habeas-corpus a ser impetrado pela defesa. Em entrevista por telefone a uma emissora de TV, Marcos disse que não pretende se entregar à Polícia, porque não se considera um foragido da Justiça. Acusou ainda o ex-governador Manoel Gomes de Barros de tentar assassiná-lo na última sexta-feira, quando os dois se encontraram numa loja de madeira. Se não tivesse corrido, tinha sido morto.