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Marcos Cavalcante ter� mais um julgamento

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Considerado foragido da Justiça, o ex-soldado Marcos Cavalcante vai sentar novamente no banco dos réus para responder pelo assassinato do também militar Rógenes Alves, ocorrido no dia 7 de abril de 1996, no município alagoano de Maravilha. Por causa desse processo, que teve o seu primeiro julgamento anulado pelo Tribunal de Justiça (TJ), Marcos também teve prisão preventiva decretada, o que o impediria de ganhar prisão semi-aberta. No primeiro júri, Marcos foi absolvido, mas o Ministério Público (MP) recorreu da decisão, alegando que o resultado da votação foi contrário às provas existentes no processo. O TJ deferiu o recurso do MP e anulou o julgamento, que agora deverá ocorrer em Maceió, já que foi pedido o seu desaforamento para o fórum da capital. Além dele, foram pronunciados como participantes do assassinato do soldado Rógenes, os ex-PMs Jovânio de Brito Silva e Henaldo Rodrigues de Melo. O crime foi praticado em pleno centro de Maravilha, quando – segundo a pronúncia – os três desceram de um veículo Gol e efetuaram vários tiros contra a vítima, atingindo, ainda, o menor Wagner Alex Alves Silva, que se encontrava próximo ao local. Em depoimento à Justiça, o agente de saúde José Silvânio Monteiro de Oliveira confirmou o reconhecimento aos acusados como sendo os autores materiais do crime, conforme já havia feito à polícia. Silvânio disse que na hora em que ocorreu o bárbaro assassinato “conseguiu visualizar perfeitamente os agressores, os soldados Henaldo, Marcos Cavalcante e Jovânio”, diz o termo de inquirição. A testemunha afirmou, ainda, em seu depoimento, prestado em março de 99, que conhecia de vista os três acusados da cidade de Santana do Ipanema, onde trabalhava. E quando foi colocado frente a eles, Silvânio não teve dúvidas em afirmar que eram participantes do crime praticado contra Rógenes, que foi morto por ter assassinado um conhecido dos irmãos Cavalcante. Em seu depoimento, Marcos negou participação no crime, afirmando que tomou conhecimento do fato por intermédio de Jovânio Brito. Disse conhecer o agente de saúde apenas de vista e que tomou conhecimento de que Rógenes havia praticado um crime em Santana do Ipanema, mas que não sabia informar quem fora a vítima. Declarou, ainda, que no dia em que Rógenes foi assassinado estava em Maceió festejando com um churrasco o aniversário da noiva. Relacionou algumas pessoas que estavam presentes, como o irmão Adelmo, o amigo Kleber Malta e o vereador Jaudenir Coutinho, além de uma vizinha de nome Auriana e um corretor de imóveis chamado Ricardo. Mas o caseiro Cristóvão Luiz dos Santos, o “Tó” em depoimento prestado à Justiça declarou que Marcos Cavalcante lhe teria confessado o crime, quando ele próprio havia atirado no agente de saúde. “Agora, Cristóvão eu queria que você visse, quando paramos em frente à praça onde o Rogénes estava ele saíu chamando por mim e eu já estava com a pistola na mão e já fui disparando”, declara o caseiro, que também veio a ser assassinado. Disse ainda que Marcos lhe contara que enquanto perseguia Rógenes, os outros dois acusados lhe acompanhavam no carro e, quando o soldado caíra agonizando, Henaldo deu o tiro de misericórdia na cabeça da vítima. No recurso em que pediu a anulação do julgamento que absolveu Marcos Cavalcante, o promotor Rogério Paranhos Gonçalves ressaltou que “a tese de negativa não poderia ser acolhida, “por ser manifestamente contrária à prova dos autos. Primeiro, porque os três acusados no dia do crime não estavam na escala de serviço da PM e as testemunhas de defesa de todos eles não confirmaram que eles estavam no dia e hora em outro local. A defesa de Henaldo Rodrigues tentou desconstituir a testemunha ocular do crime, José Silvânio, que reconheceu em juízo os acusados. O advogado de Henaldo apresentou um documento no qual a testemunha supostamente havia declarado que tinha ficado em dúvida em relação à participação do acusado no crime. Mas a Promotoria criticou a origem do documento, apresentado através de cópia e sem firma reconhecida. Depois disso, Silvânio desapareceu, não tendo comparecido sequer à sessão do júri para confirmar ou negar a versão. A exemplo de Marcos, o irmão Adelmo – que também se encontra foragido – pode ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele responde a um processo em que é acusado de tentar forjar o depoimento do comerciante Eufrásio Tenório, o Cutita, em favor dos Cavalcante.

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