Polícia
Viol�ncia na inf�ncia eleva casos de suic�dios

Os adultos que foram vítimas de violência ou passaram por outras experiências negativas durante a infância são mais propensos a tentar o suicídio décadas depois, informaram autoridades federais de saúde dos Estados Unidos. Os pesquisadores verificaram que pessoas que passaram por pelo menos um tipo de experiência infantil nociva foram duas a cinco vezes mais propensas a tentar o suicídio. Por exemplo, quem sofreu violência emocional na infância foi cinco vezes mais propenso a referir uma tentativa de suicídio. O grupo que enfrentou a separação ou divórcio dos pais foi quase duas vezes mais propenso a tentar se matar. Quem passa por vários eventos traumáticos pode ser 30 a 50 vezes mais propenso a tentar o suicídio em algum momento da vida - tanto na infância quanto na fase adulta - comparado aos que tiveram um passado menos problemático, estimaram os pesquisadores. As experiências adversas na infância tiveram sérias conseqüências a longo prazo, como a tentativa de suicídio, disse Shanta R. Dube, coordenadora do estudo e epidemiologista do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, em Atlanta (Geórgia), à Reuters Health. Os pesquisadores avaliaram mais de 17 mil adultos saudáveis, atendidos por um clínico geral, na Califórnia, entre 1995 e 1997. Os adultos foram solicitados a informar se enfrentaram alguma das oito experiências negativas durante a infância, incluindo sofrer violência sexual, emocional ou física, separação ou divórcio dos pais, testemunhar violência doméstica e viver com membros da família que eram dependentes químicos, doentes mentais ou criminosos. Os resultados foram publicados na edição de 26 de dezembro do Journal of the American Medical Association. Os pesquisadores verificaram que 3,8 por cento dos adultos informaram que tentaram suicídio em algum momento da vida. As mulheres foram três vezes mais propensas a tentar a morte. Dois terços dos adultos que tentaram suicídio passaram por pelo menos uma das experiências negativas durante a infância. Por exemplo, apenas 1,1 por cento dos adultos que não referiram experiências negativas tentaram suicídio, disse a coordenadora.