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Nº 5822
Política

Or�amento “estrangula”promessas de candidatos

Brasília – As lustrosas promessas dos candidatos à Presidência vão colidir de frente com a “herança maldita”, como o economista Maurício Dias David, da equipe de Ciro Gomes, define o magro Orçamento-2003 enviado pelo governo Fernando Henrique Cardoso ao C

Por | Edição do dia 03/09/2002 - Matéria atualizada em 03/09/2002 às 00h00

Brasília – As lustrosas promessas dos candidatos à Presidência vão colidir de frente com a “herança maldita”, como o economista Maurício Dias David, da equipe de Ciro Gomes, define o magro Orçamento-2003 enviado pelo governo Fernando Henrique Cardoso ao Congresso. Em números, a herança crava apenas R$ 7,2 bilhões para investimentos, menos da metade da previsão para este ano (R$ 18,1 bilhões). Herança tão “maldita” que faz o deputado Aloizio Mercadante, principal porta-voz econômico do PT, admitir que “não haverá margem no Orçamento para nenhum programa de investimentos ou gastos sociais de vulto”. Nos QGs dos outros candidatos, a avaliação não difere muito. “Não sabemos, honestamente, se podemos viabilizar o crescimento de 5% da economia no primeiro ano”, admite, por exemplo, Maurício Dias David. Os 5% são a meta de Ciro, quando o Orçamento de FHC projeta apenas 3% para 2003. “O crescimento (da economia) será naturalmente mais modesto no início”, concorda Gesner José de Oliveira Filho, economista da campanha José Serra. Gesner diz que a meta de crescimento para o governo Serra é de 4,5% na média do período 2003/ 2006, mas “as taxas serão menores no período 2003/04 do que em 2005/06”. Por fim, Tito Ryff, economista da equipe Anthony Garotinho, também reconhece que, “no primeiro ano, será um pouco mais difícil” conseguir os objetivos definidos pelo ex-governador. Admitir as dificuldades não significa, no entanto, que os quatro principais candidatos estejam jogando a toalha como decorrência do magro Orçamento definido pelo governo para o ano em que um deles tomará posse.

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