Ciro e Serra trocam novas ofensas em debate na TV
São Paulo Os candidatos à Presidência Ciro Gomes (PPS) e José Serra (PSDB) bateram boca no debate realizado, ontem, pela Rede Record. Durante o primeiro bloco do programa, Ciro acusou Serra de ser o responsável pelo desemprego no País e desafiou o tuca
Por | Edição do dia 03/09/2002 - Matéria atualizada em 03/09/2002 às 00h00
São Paulo Os candidatos à Presidência Ciro Gomes (PPS) e José Serra (PSDB) bateram boca no debate realizado, ontem, pela Rede Record. Durante o primeiro bloco do programa, Ciro acusou Serra de ser o responsável pelo desemprego no País e desafiou o tucano a manter as acusações que vem sendo feitas a ele no horário eleitoral do PSDB. O tucano rebateu as afirmações de Ciro, acusando o candidato da Frente Trabalhista de mentiroso e covarde. Você é especialista em fazer acusações que não comprova, afirmou Serra. O senhor é um homem que faz da rasteira a sua prática política, disse Ciro. O embate violento entre Ciro e Serra já era esperado. Os dois, empatados tecnicamente em segundo lugar, segundo pesquisa Datafolha, passaram os últimos dias trocando ofensas. Propostas O jornalista Boris Casoy foi mediador do debate na Rede Record. A intenção do evento, segundo Casoy, era fazer os candidatos confrontarem suas propostas e posições políticas. O debate teve cinco blocos. O confronto entre Ciro e Serra ocorreu no momento em que candidatos podem fazer perguntas uns aos outros. No primeiro e no terceiro, obrigatoriamente as perguntas foram sobre programa de governo. No segundo e quarto blocos, as perguntas entre candidatos tiveram temática livre e no último bloco houve nova questão formulada pelo mediador. O candidato reclamou com o mediador do debate de estar sendo prejudicado no programa. O tucano acusou os outros três adversários de fazerem uma tabelinha contra ele. Casoy rechaçou a reclamação de Serra e disse que as regras do debate, acordadas antes do evento pelas assessorias dos candidatos, estavam sendo respeitadas. Serra pediu direito de resposta várias vezes por se sentir atingido no momento em que os outros candidatos criticavam o atual governo. Ao fazerem perguntas uns aos outros, Ciro Gomes (PPS), Lula (PT) e Garotinho (PSB) trocaram críticas às privatizações e à ajuda aos banqueiros realizadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e pelo candidato oficial do governo federal.