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Nº 5824
Política

Alagoano demonstra indecis�o para escolha do presidente

FERNANDA MEDEIROS Institutos de pesquisa apontam que a quantidade de eleitores que ainda estão sem candidato à presidência da República é maior que a dos que preferem o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, até aqui o primeiro colocado nas in

Por | Edição do dia 08/09/2002 - Matéria atualizada em 08/09/2002 às 00h00

FERNANDA MEDEIROS Institutos de pesquisa apontam que a quantidade de eleitores que ainda estão sem candidato à presidência da República é maior que a dos que preferem o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, até aqui o primeiro colocado nas intenções de voto. Diante dessa realidade, cientistas políticos preferem não arriscar um palpite sobre o vencedor das eleições para presidente. Aproximadamente, segundo revelam as pesquisas, são 40 milhões de brasileiros que ainda não sabem em quem vão votar, no próximo dia 6 de outubro. Ainda de acordo com os institutos de pesquisa, existem mais pessoas sem opção de voto do que pessoas que se declaram eleitoras do candidato petista. Em Alagoas, o quadro parece não mudar muito. Várias são as pessoas indecisas com relação ao futuro presidente do Brasil. Umas afirmam que vão votar naquele que apresentar as melhores propostas de governo, que promete tentar resolver os problemas do País. Outras, no entanto, revelam que vão votar no “menos ruim”, pois segundo afirmam não há candidato bom. Esse é o pensamento, por exemplo, da professora Edileusa Araújo Costa, 48 anos. “Entre os candidatos à presidência não há um melhor ou pior. Há um menos ruim. Por isso vou votar naquele que estiver incluído neste perfil”, ressaltou. Segundo ela, não quer se arrepender depois que o candidato for eleito. “Na outra eleição, votei no FHC e me arrependi. Ele nos enganou. Não era o que nós esperávamos”, lamentou, acrescentando que não teme à escolha do voto, mas prefere agir com cautela. “Daqui para o dia 6 eu decido em quem vou votar”, garantiu a professora. Cautela E a cautela é realmente a principal característica dos indecisos. “Cerca de 30% das pessoas só vão decidir em quem votar no dia 6 de outubro, data do pleito”, salienta o cientista político Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília (UnB). É o caso do garçom Ivanildo Souto Costa, 18 anos. “Estou indeciso. Vou observar bem os candidatos e analisar as propostas de cada um. Prefiro ser cauteloso, para não votar errado e me arrepender depois”, afirmou. Vários analistas políticos também afirmam com segurança que o voto dos indecisos dará o nome do novo presidente da República, daquele que irá ocupar o Palácio da Alvorada pelos quatros anos seguintes. Mas para os candidatos, o Guia Eleitoral gratuito no rádio e na televisão parece, inclusive, ser uma boa forma de o eleitor indeciso poder eliminar a dúvida e chegar à seção de votação preparado para digitar o nome do candidato preferido. Sem medo de errar. Sem medo de complicar o futuro do Brasil nos próximos quatro anos ou até mais, dependendo das conseqüências oriundas de um mau governo. “Diariamente, eu assisto ao guia eleitoral e espero, até o dia da eleição, poder me decidir”, revelou o comerciante Jonathan Rodrigues, 33 anos, que também está na lista dos indecisos. Como a professora Edileusa, ele também frisa que, se não escolher nenhum candidato, vai votar naquele que for o menos ruim. “Vou analisar os programas de cada um e, até a véspera da eleição, estarei decidido. Se não tiver nenhum candidato bom, vou votar no menos mau. Como sempre voto com convicção, espero não errar na escolha”, disse. Já o vendedor ambulante Cícero dos Santos, 30 anos, ressaltou que já escolheu o seu candidato a presidente da República, porém, afirma que até o dia do pleito pode mudar de opinião. “Tudo vai depender das propostas e dos programas dele no Guia Eleitoral. Se houver algum deslize, com certeza mudarei o meu voto”, avisou sem, no entanto, revelar o nome do escolhido.

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