Renda e outros problemas
A pesquisa socioeconômica realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também mostrou que 41,7% dos chefes de famílias têm renda mensal de apenas um salário mínimo. Hoje, quem sustenta a economia da maioria dos municípios ala-goa
Por | Edição do dia 15/09/2002 - Matéria atualizada em 15/09/2002 às 00h00
A pesquisa socioeconômica realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também mostrou que 41,7% dos chefes de famílias têm renda mensal de apenas um salário mínimo. Hoje, quem sustenta a economia da maioria dos municípios ala-goanos são os aposentados. No Piauí, esse percentual é um pouco maior. Lá, 54,4% dos chefes de famílias sobrevivem com a renda mínima, mas há de se considerar a população (1 milhão 843 mil 278 habitantes) maior que a de Alagoas. Isso elevou a renda média dos alagoanos em relação aos piauienses. Todos os dias, mais de 200 mil alagoanos, ou 31% da mão-de-obra ativa do Estado, saem às ruas tentando sobreviver no comércio informal, segundo o censo do IBGE. Eles são os sobreviventes do caos social, no Estado que tem as maiores taxas de desemprego, analfabetismo e mortalidade infantil no País. Desemprego Os indicadores econômicos e sociais negativos exigem dos alagoanos criatividade quem tem sofre menos. Mas o que antes se restringia a Maceió se estendeu ao Agreste e ao Sertão, onde o comércio formal já começa a enfrentar problemas com os ambulantes; em Arapiraca existem 12 camelôs para cada estabelecimento comercial registrado na Junta Comercial e cinco favelas surgiram nos últimos dez anos. Mortalidade infantil Também de acordo com os dados do IBGE, o coeficiente de mortalidade infantil no Estado é de 45,9 por mil crianças nascidas vivas, acima da média nacional que é de 29 por mil. E deve ser até mais, uma vez que técnicos afirmam que existem subnotificações elevadas (casos de óbitos de crianças que não chegam ao conhecimento das autoridades de saúde).