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Nº 5822
Política

Mes�rios reclamam da falta de remunera��o

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Por | Edição do dia 15/09/2002 - Matéria atualizada em 15/09/2002 às 00h00

FERNANDA MEDEIROS “Ser nomeado mesário significa a distinção que a Justiça Eleitoral confere ao cidadão de representá-la na preservação da lisura do pleito. Sem deixar de ser eleitor, ele também é o representante dessa Justiça na garantia de isenção e imparcialidade que os cidadãos exigem. No desempenho desse papel, consolida-se e ganha significado a figura do mesário, cuja contribuição é essencial para que a vontade popular seja respeitada nas urnas.” O trecho faz parte da apresentação do Manual dos Mesários, cartilha elaborada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), distribuída às pessoas que irão trabalhar como mesários no pleito de seis de outubro. Em Alagoas, a Justiça Eleitoral convocou cerca de 27 mil pessoas para compor a mesa receptora de votos, nas funções de presidente, primeiro e segundo mesários, primeiro e segundo secretários e suplentes, funções que, na maioria das vezes, desagradam a quem tem de ocupá-las durante o processo eleitoral. E o principal fato para isso é a falta de remuneração para a atividade, que todos consideram cansativa. “Acho que deveríamos ser remunerados, afinal é uma função de grande responsabilidade e, além de tudo, muito cansativa”, considera o frentista Luciano Marcos Lúcio, 26 anos. Ele foi convocado para ser presidente da mesa receptora de votação. Vai trabalhar na 1a Zona Eleitoral, onde também vota. “É a segunda vez que a Justiça Eleitoral me convoca, só que na primeira vez fui chamado para atuar como primeiro mesário”, explica. Apesar de lamentar a falta de pagamento para exercer tal função, Luciano reconhece a importância do trabalho que a pessoa vai ter de realizar. “Estamos à frente do processo para garantir a tranqüilidade dentro do local de votação”, considera, acrescentando que quando recebeu a convocação entrou com requerimento, mas não foi aceito pelo juiz da 1a Zona Eleitoral, Antônio Sapucaia. “Tudo bem. Estamos aqui para dar a nossa contribuição à Justiça Eleitoral”, afirma. Para trabalhar nas três zonas eleitorais de Maceió foram convocados mais de cinco mil mesários. O gerente administrativo Carlos André Torres, 30 anos, já está familiarizado com os procedimentos do processo eleitoral. Convocado pela segunda vez pela Justiça Eleitoral, ele revela, no entanto, que já é a terceira vez que trabalha nas eleições. Na primeira vez, trabalhou como fiscal de partido político. Atuação “Foi interessante porque de lá para cá passei a ser convocado, não para trabalhar como fiscal, mas como mesário. Acho que gostaram de minha atuação”, explica, acrescentando que encara o fato com tranqüilidade. “Encaro esse trabalho numa boa. Reconheço que é um processo cansativo, mas gosto de participar”, garante. Como é a terceira vez que se engaja num pleito eleitoral, ele revela que o ambiente dentro da seção se torna agradável. “Recebemos toda a assistência do pessoal do cartório e, no final, o resultado é satisfatório”, declara. “A responsabilidade é grande, mas já estou acostumado”. A professora Maria José Calado, 49 anos, também vai compor a mesa receptora de votação pela terceira vez. Nas duas eleições anteriores foi convocada para atuar como primeira mesária. Como o presidente da mesa não compareceu nas duas oportunidades, ela passou a exercer a função de presidente. “Diante disso, já me convocaram, este ano, para ser a presidente da mesa”. Segundo ela, apesar de já se sentir à vontade com os procedimentos que tem de seguir no dia da votação, está apenas cumprindo uma obrigação. “Se fosse para eu escolher, não faria esse trabalho. É muito cansativo”, justifica.

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