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Nº 5824
Política

Collor destaca prioridades para resolver as car�ncias da Sa�de

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo do Estado pela Frente Popular Trabalhista, esteve ontem na sede do Sindicato dos Hospitais de Alagoas (Sindhospital), atendendo a convite da diretoria da entidade, para responder a questiona

Por | Edição do dia 28/09/2002 - Matéria atualizada em 28/09/2002 às 00h00

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo do Estado pela Frente Popular Trabalhista, esteve ontem na sede do Sindicato dos Hospitais de Alagoas (Sindhospital), atendendo a convite da diretoria da entidade, para responder a questionamentos dos dirigentes das instituições prestadoras de saúde, sobre as carências do setor. Na ocasião, Collor disse que Alagoas precisa trabalhar, inicialmente, no combate à mortalidade infantil, para melhorar o atendimento emergencial, hospitalar e ambulatorial. Segundo ele, “as ações de governo para resolver as carências na área de saúde devem ser associadas a programas de alimentação, de combate à fome, e também que garantam água de qualidade a considerável parcela da população”. Distribuição Collor foi o primeiro a atender ao convite feito pela entidade aos principais candidatos ao governo, para a discussão de seus planos para o setor da saúde. O presidente do Sindhospital, Humberto Melo, declarou que a distribuição dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), por parte do governo federal, continua sendo feita de forma desigual, “com perdas maiores para os Estados mais carentes como Alagoas, onde menos de 10% da população conta com planos de saúde e, conseqüentemente, mais de 90% da população depende exclusivamente do SUS. Enquanto isso, o nosso Estado ainda tem um dos menores valores per-capita para a saúde, ao contrário do Sudeste e do Sul, onde existem Estados com até 40% de sua população com planos de saúde e com per-capita superior ao da média nacional”. Discriminação O ex-presidente também ouviu reclamações e sugestões de outras pessoas da platéia, formada por representantes de hospitais da rede privada, e pública, como o Hospital Universitário (HU), bem como de laboratórios e clínicas. Collor observou que as lideranças dos Estados, principalmente os menores, que não têm força política e uma maior presença junto ao governo federal, “devem insistir lutando contra todas as formas de discriminação, sobretudo em áreas essenciais como a da saúde, afetadas por deficiências como as que encontramos no povoado Saúde, em Batalha, onde o médico só atende uma vez por mês; na zona rural de Palmeira dos Índios, com a população consumindo água de barreiro; e na periferia de Maceió, que ainda tem posto de saúde sem funcionar”. Recursos certos Collor declarou, ainda, que conhece os meios para buscar recursos para o Estado. “Eles existem em grande monta. Temos três equipes já trabalhando nesse sentido: uma, em nível local, e as outras duas em nível nacional, até para conectar as nossas idéias com os programas dos presidenciáveis e no plano internacional. Poderemos conseguir verbas com determinação, com vontade política”, frisou. O ex-presidente acrescentou que é necessário o cumprimento das leis no País. Collor citou como exemplo a Lei Orgânica da Saúde, sancionada por ele em 1990, e que estabeleceu as diretrizes para o setor, garantindo a distribuição dos recursos aos Estados, proporcionalmente, em relação à população e às suas condições sanitárias. “Com a aplicação dessa lei e a destinação dos recursos da CPMF, como foi proposta pelo ex-ministro Adib Jatene, não estaríamos hoje lamentando esses problemas na saúde pública”, afirmou.

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