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Nº 5904
Política

Ex-governador alagoano morre em Bras�lia

Faleceu, às 17 horas de ontem, em Brasília, onde residia há vários anos, com a filha Maria Luíza, com falência múltipla dos órgãos, aos 89 anos, o ex-governador alagoano Luiz de Souza Cavalcante, que se tornou popularmente conhecido como “Major Luiz”.

Por | Edição do dia 01/10/2002 - Matéria atualizada em 01/10/2002 às 00h00

Faleceu, às 17 horas de ontem, em Brasília, onde residia há vários anos, com a filha Maria Luíza, com falência múltipla dos órgãos, aos 89 anos, o ex-governador alagoano Luiz de Souza Cavalcante, que se tornou popularmente conhecido como “Major Luiz”. Tinha três netos, além de bisnetos, e deixou vários irmãos e sobrinhos em Maceió. Nascido na cidade de Rio Largo, o “Major” elegeu-se governador de seu Estado natal nas eleições de 1960. Em seguida, foi eleito suplente de senador, deputado federal e também representou Alagoas no Congresso Nacional como senador em dois mandatos consecutivos. Ele estava em coma há 21 dias, em decorrência de problemas pós-operatórios e ainda chegou a ser acometido de um edema pulmonar. Era viúvo de Dona Mariontina Cavalcante, ao lado da qual será sepultado hoje, às 14 horas, no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, em cuja capela o corpo foi velado. A vida militar Vocacionado para a carreira militar, Luiz Cavalcante começou a servir à Pátria nas fileiras do Exército, aos 17 anos, como voluntário por ocasião da Revolução de 1930. Estudioso, logo tornou-se engenheiro civil e engenheiro militar. Sua dedicação ao Exército Brasileiro foi das mais brilhantes. Atuou em todos os postos. Morreu como general. Já estava neste posto quando ainda se dedicava às atividades políticas. Na política Cavalcante era major e já engenheiro, servindo ao Exército em Mato Grosso, quando voltou a conviver com o povo alagoano na década de 50, a convite do então governador Arnon de Mello para assumir a direção da Comissão de Estradas e Rodagem (CER, hoje DER) e executar o Plano Rodoviário Estadual que se iniciava, com obras importantes e pioneiras como a estrada asfaltada de Maceió a Palmeira dos Índios. Surgia o “Major Luiz”, que não demorou a entrar na galeria dos mais importantes e populares homens públicos de toda a história do Estado. Ainda estava à frente do governo (o vice-governador era Teotônio Vilela) quando houve o Movimento Militar de 64 e as Forças Armadas, que apoiou. Proclamava ele ser filho de operário, sem demagogia, como lembra a historiadora Isabel Loureiro, em sua obra História de Alagoas, ressaltando que seu governo foi de paz e progresso.

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