app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5902
Política

Collor reafirma compromisso de gerar 120 mil empregos

Em entrevista, ontem, ao TJ Manhã, da TV Pajuçara, o ex-presidente Fernando Collor voltou a criticar a situação em que se encontra o Estado. Ele afirmou que, como alagoano, não está satisfeito com o fato de Alagoas ser o recordista brasileiro de desempreg

Por | Edição do dia 02/10/2002 - Matéria atualizada em 02/10/2002 às 00h00

Em entrevista, ontem, ao TJ Manhã, da TV Pajuçara, o ex-presidente Fernando Collor voltou a criticar a situação em que se encontra o Estado. Ele afirmou que, como alagoano, não está satisfeito com o fato de Alagoas ser o recordista brasileiro de desemprego; recordista nordestino de mortalidade infantil; recordista de analfabetismo e de ter caído de 3º para o último destino turístico do Nordeste. Na sua opinião, a situação, hoje, é muito pior do que em qualquer outro governo do passado. “Em Sergipe, com menor renda e menos recursos, o governo conseguiu criar 40 mil empregos através da implantação de novas empresas. Em Alagoas apenas uma empresa foi implantada nos últimos quatro anos”, afirma o ex-presidente. Collor reafirmou seu compromisso de gerar 120 mil empregos em Alagoas, caso seja eleito governador nas eleições do próximo domingo. Para isso, o candidato constituiu três equipes, que estão atuando em Maceió, em Brasília e junto a organismos internacionais, a exemplo do Banco Mundial, construindo alternativas e buscando todas as oportunidades existentes de investimentos com recursos internacionais e da União. Credibilidade O ex-presidente ressaltou que são necessárias credibilidade e determinação política para atrair investimentos para Alagoas. “Sou um dos políticos que mais foram humilhados, mais acusados na história recente do Brasil. Talvez só o ex-presidente Getúlio Vargas tenha sofrido tantas calúnias e difamações quanto sofri. Ele deu um fim na sua própria vida. Eu sobrevivi. A minha vida foi investigada minuciosamente e nada encontraram que me incriminasse. O Supremo Tribunal Federal me declarou inocente depois de todas essas investigações. Acho que, diante de tudo isso, já provei que tenho credibilidade” – declarou. Ademais, Collor destacou as relações nacionais e internacionais que estabeleceu em sua trajetória política, que inclui os mandatos de prefeito de Maceió, deputado federal, governador de Alagoas e presidente da República. Indagado sobre possíveis débitos com a Receita Federal, Collor afirmou, em sua entrevista ao jornalista Ricardo Motta, que comanda o programa, que isso é mais um exemplo da perseguição a que vem sendo submetido desde que foi eleito presidente. “Para se ter uma idéia, a Receita me multou em R$ 60 milhões por recursos de campanha. É a primeira vez na história da República brasileira que um candidato é instado a pagar imposto sobre doações de campanha. A maldade e a gordura dessa cobrança são tantas que esses valores já foram reduzidos a R$ 7 ou R$ 8 milhões e continuamos lutando para provar que a cobrança é indevida”, destacou o ex-presidente. Perseguição Sobre a perseguição sofrida por Alagoas por parte da imprensa nacional, Collor reconhece que dói, mas considera pior do que isso “a fome que hoje impera na periferia de Maceió; o analfabetismo; o desemprego; as pessoas morando embaixo de lonas. Esse é o verdadeiro ‘aleijão moral’, que temos de repudiar” - reforçou. Ele diz que, como político, não tem responsabilidade pela situação em que Alagoas hoje se encontra, lembrando que foi no seu governo que foi feito o saneamento da Bacia de Pajuçara; que foi construído o emissário submarino, “que, aliás, não vem recebendo manutenção em todos estes anos e está às vésperas de uma catástrofe ambiental, por causa da estrutura corroída”. Acordo Collor destacou, ainda, notícias de jornais onde crianças aparecem se drogando em frente ao Palácio do Governo, sem que ninguém faça nada para minimizar esse quadro. “Se o governo não é capaz de ver o que acontece na porta do Palácio, provavelmente não poderá ver o que acontece na periferia, nas favelas”, destaca. Sobre o acordo de cavalheiros estabelecido entre os candidatos para elevar o nível da campanha eleitoral, Collor lamenta que ele não tenha acontecido antes. Lembrando que seus primeiros programas foram pautados pelo respeito e pelas idéias ele responsabiliza “candidatos estranhos, agentes laranjas que se infiltraram na campanha e fizeram baixar o nível”. O acordo, segundo Collor, leva o programa eleitoral para um caminho mais propositivo, menos contundente nas críticas pessoais. Na sua opinião, o principal beneficiado é o eleitor.

Mais matérias
desta edição