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Nº 5759
Política

Renova��o na C�mara e ALE deve passar dos 50%

As eleições de outubro prometem surpreender deputados federais e estaduais de Alagoas que já contabilizam como certo o retorno para a Câmara e a Assembléia Legislativa. Segundo os cálculos realizados pelos matemáticos da política, se forem confirmadas as

Por | Edição do dia 24/02/2002 - Matéria atualizada em 24/02/2002 às 00h00

As eleições de outubro prometem surpreender deputados federais e estaduais de Alagoas que já contabilizam como certo o retorno para a Câmara e a Assembléia Legislativa. Segundo os cálculos realizados pelos matemáticos da política, se forem confirmadas as coligações partidárias previstas até o momento, o índice de renovação nas duas Casas pode superar a expectativa, chegando a mais de 50%. As atuais condições de aliança podem derrotar parlamentares acostumados a renovar seus mandatos. Alguns, inclusive, detentores de fama e de poder no Estado. Nas conversas que se dão no plenário da Assembléia, os deputados com mais chances de retornar ao legislativo já sabem da ameaça que ronda os colegas, mas não querem que a imprensa divulgue seus nomes, para não prejudicá-los nem induzir o voto dos eleitores. No quadro de alianças desenhado até agora haverá quatro coligações partidárias para disputar as 27 vagas da Assembléia Legislativa. A mais ampla deve englobar PSB, PL, PSL, PMDB e PSDB. A previsão é de que o bloco eleja, no mínimo, oito deputados. A segunda maior coligação deverá unir PTB, PPB e PFL, assegurando a eleição de cerca de sete parlamentares. A terceira coligação é a chamada aliança de esquerda, da qual deverá participar PT, PPS, PDT, PCdoB, PGT e PTN, elegendo cinco candidatos. A última aliança engloba vários partidos pequenos, liderados pelo PTdoB, com a perspectiva de eleger dois deputados. Os números acima foram calculados levando-se em conta os candidatos que, segundo os especialistas da Assembléia, têm a eleição assegurada. Por isso sobram ainda cinco vagas, a serem distribuídas entre as coligações de acordo com o desempenho dos outros candidatos. “Trata-se de uma margem prudencial”, explica o deputado Cícero Amélio (PPS). Conhecido como um exímio matemático de eleições, o parlamentar estima que, até o momento, apenas 13 deputados da Assembléia têm chances reais de se reeleger. Este número é menor que o de 1998, quando 15 conseguiram retornar. A mesma previsão foi feita pelo 1º secretário da ALE, deputado Isnaldo Bulhões Júnior (PL). Para ele, o retorno de mais deputados àquela Casa só será possível se eles se unirem em um grande “chapão”, ao invés de se dividirem em coligações. Mesmo assim, Bulhões Júnior é um dos que defendem a permanência do PL na chapa do PSB. As condições atuais apontam ainda para um crescimento da bancada de esquerda na Assembléia, que conta hoje com dois deputados. “Se levarmos em conta o voto de legenda, só o PT deve eleger três parlamentares este ano”, prevê o presidente regional do partido, deputado Paulo Fernando (Paulão). Este crescimento já foi verificado nas eleições de 1998, quando os petistas passaram de um para dois representantes e houve a eleição de deputados do PSB. As contas realizadas pelos deputados não consideram a proposta de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pretende amarrar as coligações estaduais à coligação de presidente da República. Se os partidos não puderem fazer nos Estados alianças diferentes da nacional, as previsões e cálculos vão mudar completamente.

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