Coordenadores das campanhas de Lula e Serra divulgam propostas para o Nordeste
FÁTIMA VASCONCELLOS Alagoas está fora do roteiro de visita de José Serra e Luiz Inácio Lula da Silva, na reta final para a eleição do segundo turno, como afirmam os respectivos coordenadores da campanha no Estado, Claudionor Araújo e Paulo Fernando dos S
Por | Edição do dia 20/10/2002 - Matéria atualizada em 20/10/2002 às 00h00
FÁTIMA VASCONCELLOS Alagoas está fora do roteiro de visita de José Serra e Luiz Inácio Lula da Silva, na reta final para a eleição do segundo turno, como afirmam os respectivos coordenadores da campanha no Estado, Claudionor Araújo e Paulo Fernando dos Santos. Eles explicam que estão em busca da vitória, mostrando as propostas de seus candidatos para o Nordeste. A região representa um dos maiores desafios para um governo que tem entre suas prioridades a superação das desigualdades sociais e regionais. José Serra, candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, diz que vai fazer ruptura com as estruturas que retardam o progresso do Nor-deste e acelerar o crescimento da região, explorando as potencialidades de sua população de quase 50 milhões de habitantes, de seus agentes econômicos e de suas condições geográficas. O elemento central dessa política será a criação de oportunidades de trabalho, esclarece Claudionor Araújo. Em seu programa de governo, Serra enfatiza que, nas últimas três décadas, o ritmo de crescimento do Nordeste superou a média nacional. Entre 1970 e 2000, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do País se multiplicou por 3,5, o da região mais que quadruplicou, enfatiza Serra, em seu documento de ações de políticas públicas . Sudene Claudionor explica que entre as muitas propostas para a região consta a reestruturação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que já possibilitou na gestão atual a realização de muitas experiências hoje bem- sucedidas. Desde sua criação, há quatro décadas, destinou US$ 11 bilhões para investimentos nos Estados nordestinos, além de Minas Gerais. Atualmente, 60% da receita fiscal própria da região provêm de empresas criadas ao abrigo da Sudene, lembra. A Sudene será recriada em bases mais modernas, a partir do reconhecimento de que o crescimento da região depende não apenas de investimentos em capital físico, mas também em capital humano e em pesquisa e desenvolvimento. A nova Sudene também deverá ter papel-chave como indutora da participação das empresas incentivadas em redes regionais de pesquisa e inovação em parceria com outras instituições. Claudionor reconhece que os indicadores sociais do Nordeste ainda são insatisfatórios. Os números refletem uma baixa qualidade de vida para grande parte da população nordestina, que sequer tem acesso adequado à água. Assim, com vistas à melhoria das condições da região, o governo José Serra implantará medidas voltadas para a redução imediata dos índices de pobreza. As ações incluem uma política hidroambiental para solucionar o problema da água, tanto para o consumo humano quanto para a produção agrícola.