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Nº 5822
Política

Pr�tica de boca-de-urna n�o � registrada em Macei�

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Por | Edição do dia 28/10/2002 - Matéria atualizada em 28/10/2002 às 00h00

Nas ruas, o maceioense parecia haver decidido quem escolher para presidente da República e não utilizou, ontem, o mecanismo da boca-de-urna, uma das práticas mais comuns em dias de eleições, porém proibida pela legislação eleitoral. Na verdadeira festa da democracia, capaz de permitir um dos seus princípios fundamentais: a alternância de poder, os eleitores da capital demonstraram, através de propagandas pessoais em suas roupas ou objetos pessoais, suas intenções de voto. Nos quatro cantos da cidade só se encontravam bandeiras do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que durante todo o processo eleitoral liderou as pesquisas de intenção de votos. Nas filas, os eleitores utilizavam botons, adesivos, camisetas, bonés, broches ou qualquer um outro detalhe capaz de chamar a atenção para as suas escolhas. Foram raras, nas seções eleitorais, as propagandas pessoais de eleitores do candidato José Serra (PSDB). “O momento vivenciado pelos brasileiros hoje, em especial pelos alagoanos, é parecido com o que vivemos há pouco durante a Copa do Mundo, onde fomos pentacampeões de futebol. Hoje necessitamos reafirmar esta conquista, mas através do exercício da cidadania, pelo voto livre e soberano em busca de um País mais justo do ponto de vista econômico e social”, destacou o professor de História, Romeu dos Santos Silva, enquanto esperava numa fila seu momento de confirmar o voto. A dona de casa Maria Eunice Bezerra, residente no bairro do Feitosa, foi votar com adesivos na roupa por acreditar que assim poderia convencer outro eleitor a votar no candidato dela. “Não faço boca-de-urna, sei que é proibido, mas estou demonstrando publicamente minha escolha, minha esperança de que a população brasileira possa viver dias melhores”, falou a eleitora. O estudante José Humberto Vieira tem apenas 17 anos e sempre soube em quem votaria. “Temos nas mãos o direito de escolher uma vida melhor, de mudanças políticas, sociais e econômicas. Vamos então exercer este poder em sua plenitude”, disse o adolescente.

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