Política
Senadores afirmam que resultado das elei��es imp�e nova pol�tica

Os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Teotonio Vilela Filho (PSDB) afirmaram que o resultado das eleições impõe que aconteça no Brasil o que chamaram de nova política, em que parte dos interesses partidários terá de ser deixada de lado em nome do interesse público. Segundo Renan Calheiros, o eleitorado foi sábio ao dar ao PT o comando do governo federal ao mesmo tempo em que escolheu políticos de outros partidos para comandar os Estados mais importantes da federação, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Quem ganha a eleição tem a responsabilidade de governar, e quem perde, a de fiscalizar. É claro que vamos ser oposição ao governo do Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito pelo PT), mas o PT não deve esperar de nossa parte uma oposição raivosa, destacou Calheiros. Diálogo O senador Téo Vilela elogiou o fato de Lula ter se mostrado aberto ao diálogo com todas as forças políticas. Dessa forma fica muito mais fácil acertar, salientou, acrescentando que espera do PT o mesmo comportamento do PSDB quanto à nova posição como governo. É preciso estar aberto para conversar sobre as decisões políticas necessárias para o País e os Estados, observou Vilela. Ele acrescentou que o PSDB saiu das eleições deste ano como o partido que conseguiu eleger o maior número de governadores. Dos 27 Estados da Federação, sete serão administrados por governadores tucanos a partir do próximo ano, inclusive Estados importantes como São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do País. Eleitos Além de São Paulo e Minas Gerais, onde elegeu, respectivamente, Geraldo Alckmin e Aécio Neves, o PSDB garantiu a eleição de Lúcio Alcântara, no Ceará, Simão Jatene, no Pará, Ivo Cassol, em Rondônia, Marconi Pirillo, em Goiás e Cássio Cunha Lima, na Paraíba. O partido, que atualmente é governo em cinco Estados, passa a administrar sete, a partir der 2003. O segundo partido com maior número de governadores eleitos foi o PMDB, com cinco, governadores, seguido do PFL e PSB, com quatro, do PT, com três, do PPS, com dois, e do PDT e PSL, com um cada. Para o senador Téo Vilela, o que explica este desempenho é a marca criteriosa de gestão do partido de promover e priorizar as questões sociais, sem se deixar seduzir pelas tentações do populismo e da demagogia. O PSDB tem criado uma marca própria de gestão, que a sociedade tem aplaudido e na qual tem confiado, argumentou.