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Nº 5759
Política

PT culpa FHC e diz que Lula n�o ap�ia aumento do m�nimo agora

São Paulo – O presidente nacional do PT, José Dirceu, reagiu há pouco às afirmações de que seu partido é contra o aumento do salário-mínimo para R$ 240. Segundo ele, algumas pessoas se esquecem de que o responsável pela atual situação econômica que vive

Por | Edição do dia 05/11/2002 - Matéria atualizada em 05/11/2002 às 00h00

São Paulo – O presidente nacional do PT, José Dirceu, reagiu há pouco às afirmações de que seu partido é contra o aumento do salário-mínimo para R$ 240. Segundo ele, algumas pessoas se esquecem de que o responsável pela atual situação econômica que vive o país é o governo de Fernando Henrique Cardoso, e não o PT. Dirceu disse que se não fosse a política econômica atual o salário-mínimo poderia estar até acima de R$ 240, mas observou que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, não pode apoiar o aumento do mínimo agora. Segundo ele, primeiro é preciso mudar a rota da economia brasileira, investindo na produção e no desenvolvimento. “Eles agravaram a economia do país. Não podemos resolver os problemas do país até 1º de janeiro” - afirmou. Para Dirceu, “beiram o cinismo” os apelos de integrantes da base governista, hoje, por um aumento do mínimo a R$ 240 – proposta defendida pela oposição no Congresso antes da vitória de Lula –, assim como a redução da carga tributária, que passa pelo fim da alíquota de 27,5% do imposto de renda. “É fácil os membros do governo irem para a TV e ficarem fazendo jogo de palavras: beira o sinismo, porque eles é que são responsáveis pela impossibilidade de se dar um aumento maior do salário mínimo.” Dirceu afirmou que passou a semana “ouvindo” as críticas de parlamentares da base governista. “Eu disse ‘vamos deixar eles falarem primeiro’, mas agora nós vamos começar a falar porque eles abusaram da nossa paciência nessa discussão do salário mínimo e, inclusive, na questão da reforma tributária, porque nós votamos a favor dela, temos autoridade política para falar.” Apesar do tom duro, o presidente do PT acredita que a relação “institucional” entre a equipe de transição petista com a do governo, não deve ser abalada. “Estamos tendo apenas um debate político, não haverá nenhum desdobramento na relação institucional.” O presidente do PT deixou claro, mais uma vez, que o Orçamento a ser aprovado pelo Congresso para 2003 é de responsabilidade do presidente Fernando Henrique Cardoso. “O Orçamento não é do governo Lula, é do governo Fernando Henrique Cardoso e foi estabelecido a partir das consequências de sua política econômica”, disse. “O PT fez propostas ao País num cenário que não existe mais, nós não mudamos nada. O que se agravou foi a situação do Brasil.”

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