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Nº 5905
Política

Renan quer Lula neutro�sobre elei��o no Senado

Brasília – O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou ontem que é contrário ao eventual apoio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado. Para ele, uma declaração de

Por | Edição do dia 05/11/2002 - Matéria atualizada em 05/11/2002 às 00h00

Brasília – O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou ontem que é contrário ao eventual apoio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado. Para ele, uma declaração de apoio de Lula a Sarney abriria um precedente “terrível”. A escolha dos futuros presidentes da Câmara e do Senado acontecerá em fevereiro. Os escolhidos assumirão os cargos por um mandato de dois anos, podendo se reeleger. “Seria um precedente terrível. O PMDB vai escolher quem vai presidir o Senado dentro dos seus quadros. Só a bancada vai decidir”, afirmou Calheiros. “Não está havendo (interferência de Lula) e nem haverá”, completou. O líder do PMDB defende a manutenção do diálogo do partido com o PT. “Temos que conversar, mas conversar institucionalmente. Conversar não arranca pedaço”, afirmou o senador. Paralelamente às eleições na Câmara e no Senado, estão acontecendo negociações para a formação de uma base de apoio político para Lula. O PT manifestou posição favorável à tese do PMDB de viabilizar o apoio ao futuro governo por meio do Legislativo. Por enquanto, o PMDB tem três nomes para disputa a Presidência do Senado. O próprio Renan Calheiros, o atual presidente Ramez Tebet (MS) e o senador José Sarney (AP), que já presidiu a casa no biênio 1995/1996. Tradicionalmente, o maior partido em cada casa tem o direito de indicar o presidente. Na Câmara, o PT elegeu a maior bancada, com 91 deputados. No Senado, a situação é mais complicada uma vez que PMDB e PFL, com 19 senadores cada, dividem a maior bancada. Adesão De acordo com Calheiros, o PMDB pode, num “curtíssimo prazo” ganhar a adesão de mais três ou quatro senadores. Ele não quis revelar os nomes dos “futuros” peemedebistas. A sucessão no Senado e na Câmara será o cardápio de um jantar ontem à com a participação de Sarney e do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). O encontro aconteceeu no apartamento de Temer, em Brasília. Os principais articuladores políticos do PT, responsáveis por formar uma maioria capaz de sustentar o governo do presidente eleito, no Congresso Nacional, estão otimistas sobre um possível acordo com o PMDB. “Estamos tentando obter o apoio institucional do PMDB. Estamos trocando idéias e estou bastante otimista. Vemos esta união com bastante simpatia”, disse o líder do PT na Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

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