Senadores e deputados querem reajuste de 90%
Brasília Não é somente para custear o aumento do salário mínimo que o novo Governo terá que se preocupar em encontrar recursos. Deputados e senadores iniciaram um movimento no Congresso Nacional para reajustarem seus vencimentos em até 90%. Na linha d
Por | Edição do dia 05/11/2002 - Matéria atualizada em 05/11/2002 às 00h00
Brasília Não é somente para custear o aumento do salário mínimo que o novo Governo terá que se preocupar em encontrar recursos. Deputados e senadores iniciaram um movimento no Congresso Nacional para reajustarem seus vencimentos em até 90%. Na linha de frente do protesto está o primeiro secretário da Câmara, o deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE), uma espécie de prefeito da Casa. No Senado, a tarefa caberá a outro pernambucano, o também primeiro secretário, senador Carlos Wilson (PTB). Salário bruto De acordo com Severino, não é possível um parlamentar que sobrevive apenas do seu trabalho no Legislativo se manter em Brasília com um salário bruto de R$ 8.280, cerca de R$ 5.100 com descontos. Ele propõe um valor de R$ 15.772, o que corresponderia ao vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluída a bonificação que eles recebem quando acumulam funções no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outra alternativa em estudo seria fixar o salário em R$ 12.720, ou seja, o salário dos magistrados sem qualquer bônus. Nós estamos há oito anos com o mesmo salário, o que torna humanamente impossível um deputado manter sua independência. Muitos acabam sendo sustentados por grupos econômicos. E o parlamentar não pode viver na dependência de terceiros. Ele tem que ser autônomo, justificou. O deputado diz que não teme um desgaste do Legislativo perante a opinião pública caso o aumento seja concedido no momento em que se discute reajustar o salário mínimo em R$ 11,00.