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Nº 5904
Política

PT e PMDB fecham acordo para elei��es no Congresso

Brasília – O PT e o PMDB fecharam um acordo no início da tarde de ontem em torno do lançamento de candidaturas às presidências da Câmara e do Senado  no próximo ano. Pelo acordo, os dois partidos terão candidatos, sendo que o PT lançará um nome para a C

Por | Edição do dia 06/11/2002 - Matéria atualizada em 06/11/2002 às 00h00

Brasília – O PT e o PMDB fecharam um acordo no início da tarde de ontem em torno do lançamento de candidaturas às presidências da Câmara e do Senado  no próximo ano. Pelo acordo, os dois partidos terão candidatos, sendo que o PT lançará um nome para a Câmara, onde tem a maior bancada, e o PMDB, ao Senado. Para o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP), prevaleceu a tradição pela qual quem tem a maior bancada indica o presidente da respectiva Casa. Segundo o deputado, cada partido irá escolher seu candidato e negou que o PT tenha preferência pelo senador José Sarney (PMDB-AP), que apoiou a candidatura do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à Presidência da República. “Estabelecemos que o ideal para as duas Casas é que prevaleça a tradição, ou seja, que o partido majoritário em cada Casa, indique o presidente. Institucionalmente, é bom para o país, é bom para a democracia e é bom para as nossas casas”, disse Cunha. Ao ser perguntado sobre o fato de que em eleições anteriores os partidos minoritários não respeitaram a tradição, Cunha disse que “neste momento importa para o Congresso e para o Brasil respeitar as instituições partidárias, majoritárias, que indicaram seus candidatos”. Na eleição passada, em fevereiro de 2001, o PT, que não tinha a maior bancada, lançou o deputado Aloizio Mercante (PT) para a presidência da Mesa. O petista foi derrotado por Aécio Neves (PSDB-MG). Participaram da reunião de ontem, além de Cunha, os presidentes nacionais do PT e do PMDB, José Dirceu e Michel Temer, o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, e os líderes dos partidos no Senado: Tião Viana (PT-AC) e Renan Calheiros (PMDB-AL). De acordo com Cunha, no encontro não foi discutido o eventual apoio do PMDB ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional. Conselho definirá sobre apoio a Lula Em outra reunião, à tarde, a Executiva Nacional do PMDB e os governadores peemedebistas eleitos decidiram transferir para o conselho nacional do partido a decisão sobre o apoio ao governo Lula. A afirmação é do líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Veira Lima (BA). “A idéia é ouvir a bancada federal, os diretórios e as bases antes de tomar uma decisão”, disse Geddel. O conselho nacional do partido é formado pelos integrantes da Executiva Nacional, pelos presidentes dos diretórios estaduais, pelos ex-presidentes do partido, pelos governadores, pelos integrantes do partido que tenham assumido a presidência da Câmara Federal e do Senado e pelos ex-líderes do partido nas duas Casas Legislativas. Geddel disse, porém, que há uma tendência no partido de que, mesmo que se decida por ser oposição a Lula, não se fará uma oposição “destrutiva” e sim programática. Sobre a participação do PMDB em um bloco de oposição liderado pelo PSDB, Geddel disse que o partido vai estudar a proposta. “Se o objetivo for criar dificuldades artificiais para o governo que se instala, nós somos contra. Se eventualmente, as conversas amadurecerem para que o bloco seja para discutir propostas e fortalecer a discussão para o país, vamos tentar discutir”, disse o líder.

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