Elei��o de governadores � questionada na Justi�a
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Por | Edição do dia 06/11/2002 - Matéria atualizada em 06/11/2002 às 00h00
AGÊNCIA FOLHA Brasília Em pelo menos sete casos, entre os quais Alagoas, as eleições para governador podem passar por um terceiro turno na Justiça Eleitoral: os eleitos tiveram a cassação de suas candidaturas pedida pelo Ministério Público ou por adversários. As vitórias de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, em Mato Grosso do Sul, e de Lúcio Alcântara (PSDB), no Ceará, são contestadas por Marisa Serrano (PSDB) e José Airton Cirilo (PT), com quem disputaram, respectivamente, o segundo turno. Simão Jatene (PSDB-PA), Ronaldo Lessa (PSB-AL), Joaquim Roriz (PMDB-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e José Reinaldo Tavares (PFL-MA) respondem a ações da Procuradoria Eleitoral, acusados de uso da máquina pública ou abuso do poder econômico. Mesmo que tomem posse antes do julgamento das ações, esses governadores podem ser impugnados no decorrer do mandato. Foi o que ocorreu no ano passado com o então governador do Piauí, Francisco de Assis de Moraes Souza (PMDB), o Mão Santa. Em Mato Grosso do Sul, a coligação derrotada protocolou 28 pedidos de cassação da candidatura de Zeca do PT por uso da máquina. Ele nega as acusações. O PT do Ceará entrou com ação pedindo a anulação dos votos de 32 urnas. O petista José Airton Cirilo perdeu a eleição no Estado para o tucano Lúcio Alcântara por 3.047 votos. Na ação, o PT diz que o relatório de votação nesses locais está incompleto, sem a justificativa para a troca de urnas nas sessões e sem a relação dos votos manuais. Para o PSDB, a ação é inconsistente. No Pará, Simão Jatene é acusado de usar aviões do Estado e funcionários públicos em sua campanha. Jatene negou as acusações. Em Alagoas, a Procuradoria sustenta que Ronaldo Lessa aumentou de forma irregular os gastos com publicidade do governo em ano de eleição. Ele contesta o critério utilizado no cálculo. A Procuradoria de Goiás acusou Marconi Perillo de uso indevido de comunicação social. O governador teria recebido tratamento privilegiado de jornais locais. O coordenador jurídico da campanha de Perillo, Clarismar Fernandes dos Santos, nega. O governador reeleito do Maranhão, José Reinaldo Tavares, responde por abuso de poder: ele usou o símbolo da propaganda institucional na campanha e lançou um programa com medidas assistencialistas. Tavares negou as acusações.