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Nº 5759
Política

Dirceu quer apoio do PSDB e PFL � governabilidade do Pa�s

Brasília – O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, ficou de ligar ontem à noite para o presidente do PSDB, José Aníbal, e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, para marcar uma conversa sobre transição e governabilidade. Segundo Dirceu, que par

Por | Edição do dia 07/11/2002 - Matéria atualizada em 07/11/2002 às 00h00

Brasília – O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, ficou de ligar ontem à noite para o presidente do PSDB, José Aníbal, e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, para marcar uma conversa sobre transição e governabilidade. Segundo Dirceu, que participou de uma reunião com a bancada de deputados petistas atuais e eleitos na Câmara, Lula pretende falar, também, com todos os governadores eleitos, independentemente de sigla partidária, para discutir transição e montagem de governo. Na reunião com a bancada petista, Dirceu fez um chamado pela “unidade” e “responsabilidade” da bancada petista da Câmara para enfrentar a nova etapa do partido no poder do País. A mensagem foi transmitida durante uma reunião de “integração” com os 91 deputados eleitos pelo partido, dos quais 26 pertencem a correntes de esquerda. “Não se pode restringir divergências políticas, mas é preciso ter responsabilidade, porque estaremos governando o Brasil”, afirmou Dirceu, segundo informaram parlamentares presentes à reunião, durante sua exposição sobre o processo de transição. Antes de iniciar a reunião, em um dos plenários da Câmara, o líder da bancada, João Paulo Cunha (SP), também pediu que os deputados tivessem “responsabilidade com suas palavras” devido à presença da imprensa. O encontro acabou sendo realizado a portas fechadas e contou com a participação do prefeito Antônio Palocci, coordenador da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar das aparências, vários deputados presentes à reunião estavam dispostos a polemizar sobre temas como salário mínimo e acordo com o FMI, mas os líderes petistas conseguiram evitar o debate adiando para a tarde o espaço para que os deputados falassem. Com o esvaziamento do plenário, poucos arriscaram-se a levantar questionamentos, como o paraense João Batista Babá, que criticou a possibilidade de o partido manter apenas R$ 211 para o salário mínimo no orçamento de 2003. O líder João Paulo respondeu ao petista, argumentando que ainda não havia nenhuma decisão sobre o assunto, enquanto o deputado José Genoíno (SP), convidado a dar uma palestra sobre os meandros da Câmara, alegou que o que estava se votando no orçamento era apenas uma previsão de despesa, mas que o valor efetivo do salário mínimo só seria definido mais adiante por Lula. Neutralização de acordo PT-PMDB O PSDB está buscando parceiros no Congresso para tentar neutralizar os entendimentos entre o PMDB e o PT em torno das presidências do Senado e da Câmara, respectivamente. Os tucanos estão se empenhando para fechar um acordo com o PFL e o PPB e, desta forma, ganharem condições de vir a disputar as presidências das Casas. Os primeiros entendimentos para a formação de um bloco foram feitos ontem, entre os presidentes do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e do PSDB, deputado José Anibal (SP). “O PSDB é de oposição e todos os que forem de oposição poderão ter uma aliança conosco”, disse o líder tucanao na Câmara, deputado Jutahy Magalhães Júnior (BA). Ele admite ser muito difícil fazer esse bloco de oposição com o PMDB, que estaria, na sua opinião, caminhando para o PT.

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