Integra��o Nacional une Alagoas e a Europa / Parte II
O senhor acredita que essa cooperação que está se iniciando agora entre as cidades poderá ter reflexos nas exportações brasileiras? Acredito que sim, e no outro tipo de exportação, que não seja aquela exportação feita em grande escala, mas a exportação d
Por | Edição do dia 10/11/2002 - Matéria atualizada em 10/11/2002 às 00h00
O senhor acredita que essa cooperação que está se iniciando agora entre as cidades poderá ter reflexos nas exportações brasileiras? Acredito que sim, e no outro tipo de exportação, que não seja aquela exportação feita em grande escala, mas a exportação de qualidade, onde se pode pegar produtos que são nitidamente brasileiros e que não são produzidos, por exemplo, em lugar nenhum do mundo, como a cachaça de Minas Gerais, ou algum produto desse tipo e estabelecer, por meio dessas parcerias, com pequenas cidades de Minas Gerais que têm alguns alambiques e que possam produzir a cachaça brasileira para exportar para a Europa, assim como eles exportam o vinho, o champanhe, de alguma região, ou província da Europa. Esse tipo de relação comercial possibilita a descoberta de um mercado de qualidade, exigente, que não quer apenas a produção em larga escala para exportação, mas exige qualidade. E até uma produção que é feita pela produção familiar, com qualidade, como é o caso dos alambiques de Minas Gerais. Está nos planos do governo estimular e incentivar as empresas familiares, para que elas consigam produzir e exportar? Claro, nós temos um problema no nosso País, que é secular, que não se vence assim. O presidente Fernando Henrique Cardoso tem lutado bastante para promover o crescimento econômico com distribuição de renda. Promover distribuição de renda no nosso país exige um esforço enorme. Havia um modelo concentrador até pouco tempo atrás, e através de programas como os do Sebrae, e o Programa Nacional de Geração de Emprego e Renda Pronager, até a descentralização das ações para privilegiar os municípios com o repasse de recursos têm possibilitado a descentralização desses recursos, de tal sorte que possa se promover o de-senvolvimento de empresas locais. Uma questão que sempre coloco, que é um exemplo concreto disso, é a descentralização dos recursos da merenda escolar, que possibilitem a existência, por exemplo, da agricultura familiar, para que cada cidade possa estabelecer um mercado de compra e venda de produtos, com base na própria demanda constante, que é a demanda pela merenda escolar. Esse é um exemplo concreto de como se pode estimular a demanda com recursos e ações concretas do governo, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas que produzem esses produtos. Para isso, existem programas do Sebrae, de associações de indústrias, de trabalhadores e de patrões que têm feito com que a nossa agroindústria, que já avança para o adensamento da cadeia produtiva, possa se expandir cada vez mais. É nesse sentido que entendemos que o nosso estabelecimento de relações com cidades da Europa é bastante produtivo. E os municípios que desejarem participar do processo como a cidade de Arapiraca, deve fazer o que? Nós estamos, inclusive, dando um segundo passo. Estamos indo ao Mato Grosso do Sul, na cidade de Corumbá, onde firmaremos esse termo de cooperação. O processo é muito simples, basta procurar o Ministério da Integração. Nós ajudaremos na promoção dessa irmandade, para encontrar as cidades que tenham traços e afinidades que façam parte das exigências da cidade que tem interesse de estabelecer essa relação e nós, então, estabeleceremos estes contratos para que sejam feitos os termos de cooperação. Existe uma expectativa em relação ao número de cidades que vão participar do processo? Nossa meta é chegar ato fim do ano com 100 cidades. Não sei se atingiremos essa meta, pois nossa prioridade é dar qualidade a esse tipo de relação. É preciso que haja um monitoramento do Ministério da Integração Nacional, para que isso se dê de bom tamanho e que não se perca em qualidade. Para tanto, temos algumas cidades interessadas, como as do Mato Grosso, mas o que nós queremos é mapear o Brasil por região e identificar qualidades de cidades que sejam representativa da vida social, econômica e cultural do povo brasileiro para fazer o intercâmbio com a Europa. - Ministro, muito obrigado. Eu agradeço e quero dizer que essa é mais uma ação do presidente Fernando Henrique Cardoso, com a finalidade de diminuir as desigualdades sociais no nosso país, sem abrir mão do lado bom da globalização, que é a integração entre os povos.