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Nº 5900
Política

Calheiros v� grande chance de presidir Senado

CAÍQUE MARQUEZ / EDITOR DE POLÍTICA O líder do PMDB, Renan Calheiros, considera ter grandes chances de assumir a presidência do Senado. Após o acordo entre os peemedebistas e os petistas de apoio mútuo na eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados

Por | Edição do dia 10/11/2002 - Matéria atualizada em 10/11/2002 às 00h00

CAÍQUE MARQUEZ / EDITOR DE POLÍTICA O líder do PMDB, Renan Calheiros, considera ter grandes chances de assumir a presidência do Senado. Após o acordo entre os peemedebistas e os petistas de apoio mútuo na eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, foi mantida a tradição de que os presidentes das duas Casas sairão dos partidos majoritários: PMDB no Senado e PT na Câmara. O deputado José Dirceu é o mais cotado para a Câmara. Já no Senado, havia uma disputa interna no PMDB entre Renan Calheiros e José Sarney. Contudo, fontes internas do partido afirmam que Sarney se precipitou ao lançar sua candidatura, pois atualmente está isolado e não conseguirá unir nem meia dúzia de votos. O senador Renan Calheiros admite que é o mais cotado como nome de consenso no partido. “Isso é um processo natural, pelo fato e eu ser o líder da maior bancada no Senado. O José Sarney precipitou o processo, pois lançou sua candidatura sem ouvir primeiro o PMDB. Defendemos que o partido indique, de maneira autônoma, quem será seu candidato à presidência do Congresso. Essa é a forma democrática que sempre aconteceu no Senado. Foi esse acordo que fizemos com o PT. O PMDB é a maior bancada do Senado e irá indicar seu presidente e os petistas ficam com a Câmara dos Deputados”, frisou Calheiros. Acordo Ele acrescentou que o acordo entre petistas e peemedebistas reforça o que já prevê o regimento interno do Congresso. “O acordo respeita o que o regimento já prevê. Cabe ao maior partido de cada Casa indicar o candidato à presidência. Se a minha candidatura atender ao desejo da maioria do meu partido, eu serei candidato”, garantiu Renan. Com relação ao fato de o PSDB estar buscando parceiros no Congresso para tentar neutralizar os entendimentos entre o PMDB e o PT em torno das presidências do Senado e da Câmara, respectivamente, Renan Calheiros afirmou que isso não o preocupa. “Na democracia é importante respeitar o direito da minoria, mas a maioria acaba prevalecendo”, ressaltou. Os tucanos estão se empenhando para fechar um acordo com o PFL e o PPB e, desta forma, ganhar condições de vir a disputar as presidências das Casas. Os primeiros entendimentos para a formação de um bloco foram feitos na última semana entre os presidentes do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e do PSDB, deputado José Anibal (SP). Ganhos para Alagoas Para Renan Calheiros, ser presidente do Congresso só o interessa se o cargo lhe der condições de obter ganhos para o Brasil e, particularmente, para Alagoas. “Os ganhos a que me refiro são do ponto de vista da representatividade política, de uma maior participação de Alagoas no centro das decisões. Se a presidência do Congresso não resultar nisso, será uma mera satisfação pessoal”, observou o senador. Ele acrescentou que se vier a ser presidente do Senado, a visibilidade da representação de Alagoas no cenário nacional será ampliada. “Acredito que o cargo cria condições para que eu possa ajudar mais o Estado, no que diz respeito ao nosso desenvolvimento. Alagoas passará a ter um peso específico maior na Federação. Isso é bom para o Estado como um todo”, salientou Renan. Participação no governo O líder do PMDB afirmou, ainda, que o seu partido pretende ajudar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, no que diz respeito à governabilidade do País. “Vamos aprovar todos os projetos que convergirem com a linha programática do partido. Exigimos que as relações sejam institucionais. A solidez da nossa relação com Lula dependerá mais do PT do que da gente”, salientou Renan. De acordo com Calheiros, o PMDB não quer participar do governo, indicando cargos. “Queremos ajudar o Brasil. A relação com o PT vai depender muito das diretrizes do novo governo e do perfil da equipe econômica. Nossa intenção é auxiliar Lula a manter intactos os fundamentos da economia do País”, explicou. Renan Calheiros esclareceu que o que está impedindo o PMDB de definir se será situação ou oposição é a complexidade do partido. “O PMDB é muito complexo. Em 12 Estados o partido apoiou Lula. A condução política de qualquer partido é muito difícil e a do PMDB é mais difícil ainda. Elegemos cinco governadores. Três deles se elegeram contra candidatos do PT e os outros com o apoio do PT. Nós queremos construir a unidade partidária e, para isso, é preciso levar esse quadro em consideração. O deputado José Dirceu declarou que o aliado preferencial do PT, no desenho da sustentação política do governo Lula, é o PMDB, por ser o maior partido do Brasil. “Contudo, para que essa aliança seja concretizada são necessárias, ainda, algumas conversas internas”, revelou. Emendas O senador informou que na próxima terça-feira termina o prazo para apresentação das emendas orçamentárias. A bancada alagoana ficou de se reunir neste fim de semana para aprovar as emendas coletivas. “Uma emenda para ser considerada de Alagoas tem que ter sete votos, dos nove deputados, e dois dos três senadores. O valor da emenda individual é menor: cerca de R$ 2 milhões. Eu vou colocar esse recurso para a área da habitação. Já os valores das emendas da coletividade dependem da previsão de investimento feita no Orçamento da União”, explicou Renan..

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