PMDB n�o aceita manter al�quota do IR em 17,5%
Brasília O líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), afirmou ontem que seu partido não irá assumir o ônus de prorrogar a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A continuidade da cobrança do imposto interessa ao
Por | Edição do dia 13/11/2002 - Matéria atualizada em 13/11/2002 às 00h00
Brasília O líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), afirmou ontem que seu partido não irá assumir o ônus de prorrogar a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A continuidade da cobrança do imposto interessa ao PT, já que, se alíquota for extinta no final deste ano, como é a previsão, o futuro governo deixaria de arrecadar cerca de R$ 1 bilhão, diante de um Orçamento já apertado. Mas a proposta petista de incluir essa discussão na medida provisória 66, conhecida como minipacote tributário e prevista para ser votada pelos deputados na próxima semana, depende unicamente do PMDB, dono da relatoria da MP. Geddel, apesar de afirmar que não tem interesse em ver o PMDB assumir o ônus pelo aumento do imposto, que pesa principalmente para a classe média, disse estar disposto a negociar com o PT. O PMDB e o PT negociam dividir a presidência do Congresso. A Câmara ficaria com o PT, e o Senado com o PMDB. A inclusão é defendida pelo deputado e líder do PT na Casa, João Paulo Cunha, que propôs apresentar um novo texto para a MP 66. Essa medida prevê, entre outras coisas, a manutenção do aumento da alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de 8% para 9% e extingue a cobrança em cascata do PIS/Pasep. O nome do futuro relator da medida provisória ainda não foi definido pelo PMDB. Na avaliação de Geddel, a MP já tem problemas demais para que sejam incluídas outras coisas. Segundo ele, não há consenso entre os partidos sobre o encaminhamento da medida.