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Nº 5824
Política

Suplicy diz que fam�lias carentes querem Fome Zero em dinheiro

Brasília – O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) encaminhou ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a seus assessores Antonio Palocci e José Graziano – este coordenador do programa Fome Zero, ontem, um comunicado no qual relata o resultado de con

Por | Edição do dia 15/11/2002 - Matéria atualizada em 15/11/2002 às 00h00

Brasília – O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) encaminhou ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a seus assessores Antonio Palocci e José Graziano – este coordenador do programa Fome Zero, ontem, um comunicado no qual relata o resultado de contatos que fez em diversas comunidades carentes no interior de São Paulo, onde colheu informações sobre a preferência absoluta das pessoas pelo bônus-alimentação, a ser concedido pelo governo, na forma de dinheiro e não por meio de tíquetes. Suplicy disse, inclusive, que visitou no bairro Castro Alves, na cidade de Tiradentes (SP), o catador de papéis Francisco Aparecido Vicente, que participou de documentários feitos para a televisão veiculados pelo PT durante a última campanha presidencial. O catador, com uma renda de R$ 5,00 por dia, vive com a esposa, Maria José Pedrosa Silva, e cinco filhos, o mais velho com 8 anos e a mais nova com apenas um mês de idade. Após conversar com o catador, sua esposa e vários vizinhos que se encontram praticamente na mesma situação de renda, Suplicy disse ser unânime a opinião de todos em defesa de um bônus-alimentação na forma de dinheiro e não na forma de tíquete. O senador informou que essa mesma opinião ele colheu, também, no encontro do qual participou com 200 mães reunidas na Escola Maria Montessori, em Itaquera (SP), juntamente com Ana Fonseca, coordenadora do Programa Renda Mínima Associado à Educação. Ali - observou - houve também unanimidade na defesa da forma monetária como o melhor meio de distribuição da ajuda do governo. Suplicy procurou, também, destacar o acerto do futuro governo ao definir o combate à fome como sua maior prioridade. Polêmica da posse O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considerou ontem “descabida” a informação de que gostaria de alterar a data de sua posse porque faria questão da presença de Fidel Castro, presidente de Cuba, na cerimônia. Por meio de uma nota, divulgada por seu porta-voz, André Singer, Lula disse que a iniciativa de mudar a data da posse de 1º para 6 de janeiro partiu dos presidentes da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), e do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), com apoio de lideranças partidárias. De acordo com o texto da nota, a motivação seria “permitir que a cerimônia [de posse] alcance representatividade à altura da importância internacional do Brasil”. A nota diz que o presidente eleito está de acordo com a mudança, mas que nada tem a ver com “a presença de um ou outro chefe de Estado em particular”. O presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a criticar, ontem, em Oxford, na Inglaterra, uma possível mudança na data da posse de seu sucessor Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcada oficialmente para o dia 1º de janeiro de 2003. “A data é mesmo péssima e o problema é a democracia, porque o Congresso que mexer em mandato. O povo é quem deu o mandato”, disse o presidente, cujo mandato termina em 31 de dezembro. “Há uma data certa para o meu mandato terminar e para o de Lula começar, não é algo que possa se adaptar”, disse.

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