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Nº 5822
Política

Febraban diz que pacto n�o implicar� perdas

Porto Alegre – O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, afirmou ontem, durante encontro com empresários em Porto Alegre, que “é um equívoco supor que o pacto social proposto pelo presidente eleito Luiz Inácio Lul

Por | Edição do dia 19/11/2002 - Matéria atualizada em 19/11/2002 às 00h00

Porto Alegre – O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, afirmou ontem, durante encontro com empresários em Porto Alegre, que “é um equívoco supor que o pacto social proposto pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pressupõe perdas”. “Não vejo  que alguns setores terão de dar mais do que receber. Haverá concessões recíprocas, que todos vão dar’’, disse ele, complementando: “A visão do pacto não é de que os que obtiveram mais sucesso vão ceder mais.’’ Os resultados do setor financeiro no Brasil têm sido bastante superiores aos do setor produtivo nacional. A rentabilidade média dos quatro principais bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Banespa) foi de 30% de janeiro a setembro deste ano (resultado parcial de 2002). No mesmo período, as empresas Gerdau, Pão de Açúcar, Suzano, Aracruz, Klabin, Belgo Mineira, Bahia Sul e Coteminas, representantes do setor produtivo, obtiveram uma rentabilidade média de 1,5%. De acordo com Ferreira, o governo Lula, com quem ele diz já ter se reunido três vezes, terá de “se autopoliciar’’ para “não onerar o custo da intermediação financeira’’. O presidente da Febraban diz entender que o consenso nacional almejado pelo pacto social “significa avançar em questões mais difíceis de se discutir, como as reformas tributária e previdenciária’’. Não deve, segundo ele, ser “um encontro de propostas corporativas’’, mas “um foro de negociações’’. Mesmo fazendo suas ressalvas, Ferreira diz “valer uma aposta’’ no pacto. A respeito de Lula, por ora só elogios: “Fiquei impressionado com a capacidade, espontaneidade e convicção que ele transmite.’’ A respeito do eventual aumento da taxa básica de juros dos 21% anuais pelo Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, Ferreira afirma não ver necessidade nessa medida, pois não deverá ocorrer uma alta significativa na inflação.

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