Renan: PMDB n�o ter� minist�rios no governo Lula
Apesar das especulações de que o PMDB terá dois ministérios no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder do partido no Senado, Renan Calheiros descartou, ontem, essa possibilidade. O PMDB vai ficar de fora, disse. A declaração de Renan é uma r
Por | Edição do dia 19/11/2002 - Matéria atualizada em 19/11/2002 às 00h00
Apesar das especulações de que o PMDB terá dois ministérios no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder do partido no Senado, Renan Calheiros descartou, ontem, essa possibilidade. O PMDB vai ficar de fora, disse. A declaração de Renan é uma resposta ao grupo dissidente do partido, que pretende convocar a convenção nacional para rediscutir essa posição. Para o senador alagoano não tem sentido realizar o evento. Convenção para saber se o partido vai apoiar o governo para quê? Não sei qual a eficácia disso. Já dissemos que vamos ajudar na governabilidade, disparou. O grupo também estaria articulando antecipar a eleição para a escolha da nova executiva nacional do partido. Renan disse considerar essa atitude antidemocrática porque o mandato dos membros da executiva nacional termina somente no dia 9 de setembro do próximo ano. Disputa A informação, entretanto, foi negada pelo ex-deputado Paes de Andrade (CE), um dos líderes do grupo dissidente. A prática de destituir é da atual direção do partido e não nossa, reagiu. Ele disse que o objetivo de convocar a convenção é exclusivamente para discutir a posição do PMDB frente ao governo Lula e à disputa pela presidência do Senado. A disputa pelo comando do Senado, aliás, é outro motivo de intriga entre o grupo dissidente e a cúpula do PMDB. O primeiro lançou José Sarney (AP) e o segundo, Renan Calheiros. Sobre o assunto, o senador alagoano voltou a dizer que Sarney não tem o apoio da bancada no Senado e negou que esteja havendo atrito na cúpula devido ao fato de o presidente da legenda, deputado Michel Temer (SP), estar articulando para que o PMDB fique com o comando da Câmara e não do Senado. Eu, pessoalmente, não sou contra nenhuma concertação, disse. A cúpula do partido se reúne hoje, em Brasília, para tratar do assunto. O encontro deve ser na casa de Temer. No mesmo dia, o grupo dissidente promete entregar à direção nacional o documento pedindo a realização da convenção nacional.