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Nº 5905
Política

Lula quer cria��o de Parlamento das Am�ricas para discutir a Alca

Brasília – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva propôs ontem, em Brasília, a criação do Parlamento Americano, um fórum para discussões políticas no âmbito da Área de Livre Comércio das Ámericas (Alca). Lula defendeu a proposta durante o café

Por | Edição do dia 21/11/2002 - Matéria atualizada em 21/11/2002 às 00h00

Brasília – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva propôs ontem, em Brasília, a criação do Parlamento Americano, um fórum para discussões políticas no âmbito da Área de Livre Comércio das Ámericas (Alca). Lula defendeu a proposta durante o café da manhã na casa do presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PMDB-MG), do qual participaram, além de lideranças parlamentares brasileiras, os presidentes das casas legislativas dos 35 países do continente americano e embaixadores estrangeiros em Brasília. Os parlamentares das Américas do Sul, Central e do Norte estão em Brasília participando da primeira Cúpula Parlamentar de Integração Continental, cujo objetivo é discutir o papel do Legislativo nas negociações da Alca. A Cúpula terminou onteme. Durante o café, Lula afirmou que a integração das Áméricas deve começar pelo aspecto político, para depois tratar das questões econômicas e sociais. “Se a política for bem realizada, as oscilações naturais das economias dos diversos países não afetarão o processo de integração”, afirmou o porta-voz do presidente eleito, André Singer, referindo-se ao discurso de Lula. Segundo Singer, Lula vai se esforçar para criar o Parlamento Americano, pois a instituição seria a maneira de garantir a integração. Visita a Washington Além dos parlamentares estrangeiros que participam da Cúpula Parlamentar, estão em Brasília dois altos funcionários norte-americanos, o secretário-adjunto de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Otto Reich, e o secretário-adjunto de Comércio, Peter Allgeier. A principal missão de Reich no Brasil é acertar o encontro entre Lula e o presidente George Bush, nos Estados Unidos. Reich deve se encontrar com Lula hoje. A viagem do presidente eleito a Washington está marcada para os dias 9 e 10 de dezembro. ### Petista unifica discurso com missão do FMI O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, unificaram o discurso, ontem. Lorenzo Perez, integrante da missão do Fundo ao país, disse que as afinidades entre o programa do FMI e o do governo eleito são o combate à inflação e a política fiscal. Depois de tomar conhecimento da declaração de Perez, o porta-voz de Lula, André Singer, afirmou que, “de fato, ele (o presidente eleito) pretende fazer um governo austero e de controle da inflação”. Lula ironizou, no entanto, uma suposta demora do Fundo para fazer tal constatação. “É uma pena que o FMI só tenha percebido isso agora, quando na verdade essas propostas já estavam definidas desde a campanha”, disse o presidente eleito por meio de seu porta-voz. Anteontem, após o primeiro encontro da missão do FMI com Antônio Palocci Filho, Perez disse que existia “muita afinidade” entre os dois programas, mas sem detalhar quais seriam. Em entrevista concedida após o encontro com os técnicos do Fundo, Palocci disse que as perguntas sobre as afinidades entre os dois programas deveriam ser feitas ao FMI, pois o programa de governo do presidente eleito já era conhecido. Depois a reunião, o diretor-assistente do Fundo havia também elogiado o governo do presidente eleito. “Tivemos uma boa impressão e estamos muito contentes com esse primeiro contato com o novo governo”.

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