Política
Lideran�as n�o acreditam em revers�o

Apesar de a maioria dos partidos e do Congresso Nacional ter reagido contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a vinculação das coligações, várias lideranças políticas do Estado não acreditam na reversão da medida. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PTB), disse que as alternativas apresentadas até o momento pelos congressistas, como a edição de um Decreto Legislativo, são bastante polêmicas. O Congresso já legislou sobre esse tema e deu poderes ao TSE para regulamentar. Imagino que não haverá reversão, enfatizou. Para o parlamentar, que também preside o PTB em Alagoas, o tribunal não tirou a prerrogativa da Câmara e do Senado de fazer as leis, porque a legislação que trata do tema já existia. O PTB, segundo ele, acata a interpretação do TSE e vai aguardar as definições sobre as coligações nacionais para ampliar sua aliança, que já conta com PPS e PDT. Decreto O presidente do PRTB, Elionaldo Magalhães, disse que baixar decreto ou recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a interpretação do TSE é estranho. O que o tribunal está fazendo nesse momento é porque o Congresso foi omisso na lei. Se ele tivesse cumprido efetivamente com sua obrigação, não seria preciso o TSE vir esclarecer como deve ser, declarou. Na avaliação de Magalhães, com a vinculação das coligações o partido passa a ser realmente uma instituição nacional, não uma legenda diferente no País, nos Estados e nos municípios. Com a decisão do TSE, segundo Magalhães, todos os partidos vão ter de rever os passos dados até o momento em termos de alianças eleitorais. Algumas das prováveis coligações que se imaginavam até ontem ficaram completamente inviabilizadas. Será necessário procurar candidatos a governador e vice-governador, porque o que se falava a respeito disso foi por água abaixo. Jogaram água no chope de alguém, enfatizou. Contatos O PRTB, que já vinha conversando com várias legendas e forças políticas, segundo Elionaldo Magalhães, continuará a fazer os contatos, agora levando em conta o novo quadro. O partido busca formar uma coligação partidária onde possa apresentar três candidatos a deputado federal, seis candidatos a deputado estadual e um candidato a senador - o ex-presidente Fernando Collor de Mello. Não estamos pleiteando vagas para as candidaturas de governador, vice-governador e a segunda de senador. Dentro dos partidos com os quais conversamos, estamos abertos ao entendimento, concluiu.