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Nº 5822
Política

Petistas agem com cautela diante da press�o do MST

Brasília – Assim que assumir o governo, o PT vai ter que negociar um impasse político.O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) anunciou que vai pressionar o Partido dos Trabalhadores para que revogue a Medida Provisória que torna indisponívei

Por | Edição do dia 23/11/2002 - Matéria atualizada em 23/11/2002 às 00h00

Brasília – Assim que assumir o governo, o PT vai ter que negociar um impasse político.O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) anunciou que vai pressionar o Partido dos Trabalhadores para que revogue a Medida Provisória que torna indisponíveis para a reforma agrária, por dois anos, as terras invadidas. E se houver reincidência, por mais dois anos. Adotada pelo governo Fernando Henrique, a medida visa coibir as invasões de imóveis rurais freqüentes à época da edição da MP. Até a fazenda do presidente foi invadida para pressionar a reforma agrária no País. O PT prefere agir com cautela, antes de tomar qualquer decisão diante da reivindicação do MST. Mas vários parlamentares da legenda já manifestaram apoio ao pedido dos sem-terra, como o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA). Para ele, a Medida Provisória não resolve a questão agrária do País. “Infelizmente, o histórico da reforma agrária no País tem sido só fazer os assentamentos e decretos de desapropriação depois que as terras são ocupadas. Eu acho que a gente tem que inverter isso. A reforma agrária foi feita no Brasil através de ocupações e só por isso ela aconteceu.” O deputado Adão Pretto (PT-RS), gaúcho e integrante do Núcleo Agrário petista, reforça o coro dos sem-terra. Segundo ele, a Medida Provisória que indisponibiliza a terra invadida para a reforma agrária só beneficia os latifundiários. Já o governo vê com preocupação a possibilidade de a Medida Provisória ser revogada. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, José Abrão, os movimentos sociais têm legitimidade para reivindicar, mas a invasão é um instrumento condenado pela sociedade.

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