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Nº 5798
Política

Filia��o de Sexta-feira ao PSB gera conflitos internos

CAÍQUE MARQUEZ / EDITOR DE POLÍTICA A desfiliação do vice-prefeito de Maceió, Alberto Sexta-feira, do PSDB, para ingressar no PSB, tem causado conflitos internos no partido do governador Ronaldo Lessa e da prefeita Kátia Born. Segundo vereadores da c

Por | Edição do dia 24/11/2002 - Matéria atualizada em 24/11/2002 às 00h00

CAÍQUE MARQUEZ / EDITOR DE POLÍTICA A desfiliação do vice-prefeito de Maceió, Alberto Sexta-feira, do PSDB, para ingressar no PSB, tem causado conflitos internos no partido do governador Ronaldo Lessa e da prefeita Kátia Born. Segundo vereadores da capital, a filiação de Sexta-feira ao PSB estava prevista para a última semana, mas foi adiada por causa dos conflitos internos. O vice-prefeito já se desfiliou do partido tucano e comunicou sua saída ao presidente regional da legenda, senador Teotonio Vilela. Agora, ele está sem partido, aguardando uma posição do PSB para poder oficializar seu ingresso no partido. Entre os vereadores do PSB que estão “com a pulga atrás da orelha” por causa da chegada de Alberto Sexta-feira estão: Maurício Quintella, Marcos Vieira, Pedro Alves e Marcos Alves. Eles alegam que não houve um comunicado oficial do partido sobre a filiação do vice-prefeito. Estrutura O principal motivo de preocupação dos vereadores do PSB com a chegada do novo companheiro é a possibilidade de Alberto Sexta-feira não sair candidato à Prefeitura de Maceió, em 2004, mas sim disputar uma cadeira na Câmara. Segundo fontes ligadas ao PSB, a estrutura que o vice-prefeito possui atualmente, comandando a Somurb, é capaz de derrubar qualquer oponente. Um dos que acham que é necessária uma avaliação da filiação de Sexta-feira ao PSB é o secretário das Regiões Administrativas, Marcos Alves, um dos fundadores do partido. Ele assume uma vaga de titular na Câmara, em 1º de fevereiro, quando Maurício Quintella passará a exercer o mandato de deputado federal. Marcos Alves confirmou que o partido ainda não oficializou o convite ao vice-prefeito. Contudo, admite que quem convidou Alberto Sexta-feira para se filiar ao PSB foi a própria prefeita Kátia Born. “É preciso uma discussão interna para avaliarmos a entrada do novo companheiro. Queremos uma justificativa, pois fomos pegos de surpresa. Se a prefeita o convidou e ele aceitou, a situação se torna irreversível. Porém, não estamos nos opondo à filiação de Sexta-feira por causa de seu perfil político. Ao contrário, trata-se de um grande cidadão que qualquer partido teria a honra de ter em seus quadros. A discussão não é essa. Precisamos nos reunir para analisar o papel do vice-prefeito internamente”, frisou Marcos Alves. Tristeza Já no PSDB, quem ficou chocado com a partida de Sexta-feira foi o vereador Jorge VI. O vereador não escondeu seu semblante de tristeza durante as sessões da Câmara Municipal, ocorridas na última semana. “Não esperava que o vice-prefeito deixasse nosso partido. Foi um fato que nos pegou de surpresa”, comentou nos bastidores. O secretário-geral dos tucanos, Claudionor Araújo, declarou que a saída de Sexta-feira do PSDB deixa uma grande lacuna no partido. “Ele tem projetos para o futuro, com possibilidade de disputar a Prefeitura de Maceió, e achou que estaria melhor colocado no PSB. Trata-se de um grande articulador, uma pessoa de coração enorme e que teve um argumento convincente para nos deixar. Portanto, tem nosso apoio”, observou. O senador Teotonio Vilela Filho declarou que lamenta muito a saída de Alberto Sexta-feira do partido. “Essa decisão do vice-prefeito nos deixou muito tristes, mas nós respeitamos a postura dele e não poderíamos forçá-lo a permanecer conosco”, afirmou Téo Vilela. O vice-prefeito Alberto Sexta-feira disse que a preocupação dos vereadores do PSB é natural e faz parte do processo político. “Serei um militante do partido e vou entrar no PSB, obviamente, querendo buscar meu espaço. Quero ajudar no crescimento da legenda. Quanto às especulações, se eu serei candidato à prefeitura ou à Câmara, em 2004, ainda é cedo para adiantar que decisão será tomada por mim e pelo partido. É preciso uma discussão interna para definir esses assuntos”, salientou Sexta-feira.

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