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Nº 5900
Política

Diverg�ncias sindicais marcam reuni�o

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Por | Edição do dia 27/11/2002 - Matéria atualizada em 27/11/2002 às 00h00

São Paulo – Divergências sobre reforma do movimento sindical marcaram a reunião que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, teve com cerca de 500 representantes de centrais, confederações e sindicatos trabalhistas. A proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de acabar com a contribuição sindical obrigatória e permitir a liberdade e autonomia sindical foi criticada pelas centrais adversárias. O presidente da Confederação Nacional do Trabalho e da Indústria, João Calixto, acusou o presidente da CUT, João Felício, de fazer “terrorismo sindical” com declarações de que a única saída para a reforma sindical seria a implosão de todo o sistema. “Se acabarmos com a contribuição sindical, vamos gerar desemprego, pois muitos sindicatos vão acabar”, prevê o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Felício defendeu sua posição – que converge com a do PT, ao qual a CUT é ligada – com exemplos do sindicalismo europeu. “Na Alemanha, onde existe liberdade e autonomia sindical plena, há apenas uma central e oito sindicatos e a representatividade é altíssima”, disse. “Aqui temos 11 mil sindicatos mas o número de sócios é extremamente baixo.” Num discurso afinado com o das lideranças do futuro governo, Felício demonstrou entusiasmo com as perspectivas nos próximos quatro anos. “Se o governo Lula não der resultado, a gente afunda junto. A gente mostra que não tem competência para governar este País”, declarou. “Precisamos de um sindicalismo mais autêntico e ter medo do novo significa não dar direito de escolha ao cidadão.” Os sindicalistas concordaram, no entanto, com a criação de um Fórum Nacional do Trabalho para discutir a reforma da estrutura sindical.

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