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Nº 5824
Política

L�der do PT descarta aumento de 25% para servidores federais

Brasília – O líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP), disse ontem que é impossível o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, atender à reivindicação dos servidores públicos federais e conceder, em 2003, aumento de 25,72%. Em reunião com 11 enti

Por | Edição do dia 28/11/2002 - Matéria atualizada em 28/11/2002 às 00h00

Brasília – O líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP), disse ontem que é impossível o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, atender à reivindicação dos servidores públicos federais e conceder, em 2003, aumento de 25,72%. Em reunião com 11 entidades que representam todas as categorias do funcionalismo federal, João Paulo argumentou que o Orçamento do ano que vem foi elaborado pelo governo Fernando Henrique e que o futuro governo “está sem muita margem de manobra” para atender os servidores. “É impossível atender aos 25,72% agora. Queremos receita para combater a fome, construir moradias. Não só os servidores têm demandas”, afirmou o líder petista. “Vamos assumir um governo com uma situação econômica absolutamente deplorável: a inflação chega à casa dos 10% e vamos levar tempo para passar de uma economia para outra.” O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) também foi enfático ao falar das dificuldades do futuro governo. “O primeiro ano do governo Lula será dificílimo”, disse. “Estamos num vôo sem instrumentos e precisamos encontrar fontes de receitas. Agora só podemos trabalhar com as receitas atuais. Estamos tentando garimpar recursos”. Apesar da negativa do PT em atender às suas reivindicações salariais, os servidores continuam dando uma trégua ao futuro governo. “Sentimos que houve um entendimento de que o nosso pleito é justo. Foi aberta uma interlocução com futuro governo”, avaliou Tato Andrade, representante da Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes), que falou em nome das 11 entidades de servidores federais. “Mas vamos continuar lutando pelos 25,72%.” Ficou acertado que será designado um interlocutor da equipe de transição do futuro governo para negociar com os servidores. Armadilhas João Paulo abriu a reunião com os sindicalistas dizendo que sabia estar fazendo um papel “não agradável”. Informou ainda que a cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos aposentados da União será provavelmente discutida na reforma da Previdência. Já o deputado Gilmar Machado (PT-MG) alertou que o atual governo está deixando “um punhado de armadilhas” para Lula.

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