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Nº 5822
Política

FHC e Lula ainda tentar�o sa�da sobre impasse da MP

Brasília – Os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva ainda vão tentar encontrar uma solução conjunta que não traga tantos problemas para o caixa do Tesouro e que atenda ao pedido de ajuda de Minas Gerais e de outros estados que 

Por | Edição do dia 30/11/2002 - Matéria atualizada em 30/11/2002 às 00h00

Brasília – Os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva ainda vão tentar encontrar uma solução conjunta que não traga tantos problemas para o caixa do Tesouro e que atenda ao pedido de ajuda de Minas Gerais e de outros estados que estão sem condições de pagar o 13º salário. Fernando Henrique decidiu não assinar a MP que beneficiaria alguns estados, particularmente Minas Gerais, para atender ao pedido do presidente eleito, feito por intermédio do coordenador da transição do futuro governo, Antonio Palocci, ao ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente. No final da tarde de quinta-feira, Pedro Parente recebeu as visitas de Palocci e do presidente do PT, José Dirceu. Os dois foram pedir ao atual governo que não assinassem a MP que concederia benefícios a Minas porque entenderam que elas criariam despesas muito grandes para o novo governo. Como o acordo feito para a transição era de que decisões que tivessem reflexo no futuro governo seriam objeto de consulta aos próximos governantes, o Planalto resolveu atender o pedido. Ontem, o presidente Fernando Henrique preferiu não responder aos ataques do governador Itamar Franco, que divulgou nota criticando o atual e o próximo governos. Por intermédio do porta-voz, Alexandre Parola, mandou dizer que não havia nada a comentar sobre o caso. Coube aos líderes do governo no Congresso, Arthur Virgílio e Romero Jucá, saírem em defesa do presidente e atacarem a administração de Itamar, lembrando que ele concedeu reajustes no início de seu mandato sem, depois, ter meios de bancá-los. Salientaram ainda, após a reunião ministerial, que os governos que foram responsáveis e comedidos na concessão de aumentos dos servidores e no trato das contas públicas em geral não estão esperando ajuda para pagar suas contas. Embora também os estados de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul estejam pleiteando recursos para pagamento dos seus 13º, a maior preocupação do Planalto é com Minas Gerais, particularmente, com a situação do governador eleito, Aécio Neves. O temor é que Aécio, a grande estrela do partido, comece a sua gestão com graves problemas de caixa.

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