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Nº 5824
Política

Rea��o do PT pode inviabilizar libera��o de recursos a estados

São Paulo – O futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, classificou ontem como “um mau caminho” o atendimento de demandas particulares dos Estados, se não houver receita prevista para cumprir os pedidos. A afirmação foi uma resposta à fúria do go

Por | Edição do dia 30/11/2002 - Matéria atualizada em 30/11/2002 às 00h00

São Paulo – O futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, classificou ontem como “um mau caminho” o atendimento de demandas particulares dos Estados, se não houver receita prevista para cumprir os pedidos. A afirmação foi uma resposta à fúria do governador de Minas Gerais, Itamar Franco. Motivo: a equipe de transição, coordenada por Palocci, considerou inadequada a edição de uma Medida Provisória destinada a transferir R$ 1,2 bilhão para o Estado. O encontro de contas seria para ressarcir o governo mineiro por despesas com a manutenção de rodovias federais. O fato desencadeou uma crise entre Itamar e o PT. “Não vejo motivo para tensão em torno desse tema”, afirmou Palocci. “Achamos natural que a União atenda a demandas justas e importantes, desde que haja receita para isso porque, caso contrário, vamos criar uma solução virtual para problemas reais.” Indagado se não havia verba para a transferência de recursos a Minas, Palocci não disse nem sim nem não. “Depende do que se vai pagar”, comentou, sem citar números. O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, afirmou que caberá ao presidente Fernando Henrique Cardoso, e não ao PT, a decisão sobre a MP reivindicada pelo governador mineiro e que, por extensão, beneficiaria outros estados com o ressarcimento de despesas com a manutenção de rodovias federais. “Nós não manifestamos opinião contrária (à MP), manifestamos apenas que queríamos fazer os cálculos, porque havia uma indicação de que o custo total podia ser de cerca de R$ 3 bilhões, porque não se trata só dos R$ 490 milhões de Minas, mas de um direito de todos os Estados. Não há nenhuma decisão, não somos nós que tomamos decisão. Quem tomará a decisão é o presidente Fernando Henrique Cardoso”, afirmou. “Não adianta nada fazer uma MP e não ter condições de cumprir. E, mais, não somos nós, é o atual governo que está fazendo, nós fomos consultados. Esse é um compromisso do presidente Fernando Henrique com o governador Itamar e com o governador eleito, Aécio Neves. Estamos ajudando a buscar uma saída”, concluiu Dirceu.

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