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Nº 5759
Política

PF faz devassa em firma do esposo de Roseana

São Luís – A Justiça Federal determinou, ontem, a apreensão  de documentos em escritório da  empresa Lunus, de propriedade  de Jorge Murad, gerente do Planejamento do Maranhão e marido da governadora e presidenciável Roseana Sarney (PFL). A medida está r

Por | Edição do dia 02/03/2002 - Matéria atualizada em 02/03/2002 às 00h00

São Luís – A Justiça Federal determinou, ontem, a apreensão  de documentos em escritório da  empresa Lunus, de propriedade  de Jorge Murad, gerente do Planejamento do Maranhão e marido da governadora e presidenciável Roseana Sarney (PFL). A medida está relacionada à investigação de irregularidades na extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). Em nota, Roseana afirmou que a medida apenas visa prejudicar sua candidatura à Presidência. ‘’É inadmissível’’, afirmou. A governadora está disputando o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente com o petista Luiz Inácio Lula da Silva. A apreensão começou às 14h30, em São Luís. Pelo menos oito agentes e um delegado da Polícia Federal estiveram na empresa, que fica no Renascença, bairro nobre da capital maranhense. Roseana também seria acionista da empresa, segundo João Abreu, gerente de Qualidade de Vida do governo do Estado. ‘’Há três anos, eu também era e eles eram. Acho que eles ainda são’’, afirmou. Por causa do segredo de Justiça decretado no caso, não há detalhes sobre por que a Lunus foi vistoriada. O mandado de busca e apreensão foi expedido pelo juiz Carlos Madeira, da 5ª Vara da Justiça Federal do Maranhão, a pedido da Justiça Federal de Tocantins. Em Palmas estão concentradas as investigações sobre irregularidades na Sudam. A Lunus é especializada em projetos conjuntos com outras empresas. As acusações contra Roseana e Murad envolvendo a antiga Sudam são conhecidas. Corre na Justiça Federal do Maranhão uma ação civil no qual o Ministério Público Federal acusa os dois de improbidade administrativa. Em dezembro de 1999, ambos participaram da aprovação do maior projeto da antiga Sudam, a instalação de uma fábrica de autopeças da empresa Usimar. Era um investimento de R$ 1,38 bilhão, dos quais R$ 690 milhões sairiam da Sudam. Depois de a Sudam desembolsar R$ 44,5 milhões, o projeto foi parado por inconsistência nos balanços da Usimar. A reunião do Conselho Deliberativo da Sudam foi presidida por Roseana, e ocorreu em São Luís.

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