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Nº 5822
Política

Partidos preparam campanha solit�ria

Brasília – É cada um por si. Passado o susto inicial, os partidos capitularam. Especialmente os governistas. Para se adequar à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), preparam-se para disputar sozinhos a sucessão de Fernando Henrique Cardoso. “A ali

Por | Edição do dia 02/03/2002 - Matéria atualizada em 02/03/2002 às 00h00

Brasília – É cada um por si. Passado o susto inicial, os partidos capitularam. Especialmente os governistas. Para se adequar à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), preparam-se para disputar sozinhos a sucessão de Fernando Henrique Cardoso. “A aliança (PSDB-PFL) está morta por conta da realidade dos palanques”, garante o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA). No PFL, o mesmo tom. Nota da Executiva Nacional repudiou a decisão do TSE e reiterou que “nada afastará o partido” de entrar em campanha para levar Roseana Sarney ao Planalto. Os dirigentes da legenda ainda estudam se vale a pena recorrer ao Supremo Tribunal Federal para derrubar a decisão da Justiça Eleitoral. Por quanto, vão mesmo esperar. Assim como os outros partidos, o PFL aguardará alguns dias para calcular o tamanho do prejuízo eleitoral nos Estados. Como tucanos e liberais, todos os partidos tentam se adaptar ao cenário da vinculação de coligações. Legendas com candidatos definidos à sucessão de Fernando Henrique Cardoso agora se esforçam para impedir que siglas de porte médio firmem alianças nacionais. PPB, PTB e PL ganham importância e viram objeto de cobiça. Se não participarem de chapa presidencial, estarão livres para negociar coligações nos Estados. Confusão E os palanques estaduais andam confusos. É enorme a pressão de candidatos ao Senado ou aos governos estaduais sobre os candidatos ao Planalto. Com alianças articuladas, viram desabar o palanque com a resolução do TSE. Anthony Garotinho, do PSB, passou o dia administrando o drama do senador Ademir Andrade (PA). Ele dependia de entendimento com o PT ou com o PMDB de Jader Barbalho para tentar a reeleição. Agora, está só. “Vamos refazer os palanques nos Estados, buscar os partidos sem candidato”, avisa Garotinho. “Não há hipótese de eu desistir”. No plano nacional, o limite às alianças pouco afeta a campanha do governador do Rio de Janeiro. Imaginava atrair os pequenos partidos e investia em apoios de rebeldes, especialmente do PL. Enquanto o PSDB negocia uma aliança, mesmo velada, com setores do PMDB, restou a Roseana tentar o apoio do PTB para não sair solteira. Apesar das conhecidas afinidades com o PPB, os liberais decidiram vetar qualquer entendimento com a sigla. Não querem a imagem de Paulo Maluf atrelada à de Roseana. Os dirigentes do PFL preferem apostar no PTB. Crêem, assim como José Serra e Garotinho, que os trabalhistas não manterão o compromisso com Ciro Gomes (PPS). “Não há recuo, estamos com o Ciro e pronto”, insiste o líder do partido na Câmara, deputado Roberto Jeferson (RJ). O fato  é que nas últimas semanas o presidente nacional do PTB, deputado José Carlos Martinez (PR), intensificou os contatos com os dirigentes dos partidos governistas  (Extraído do Jornal do Brasil, edição 01-03-2002)

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