Política
Crise do Eisa � novo obst�culo � implanta��o de estaleiro em AL

O Grupo Synergy, do empresário German Efromovich, enfrenta uma grave crise no seu estaleiro Eisa, no Rio de Janeiro. Cerca de 3 mil trabalhadores estão em férias coletivas e com os salários e cartão-alimentação atrasados. A situação foi classificada como ?dramática? pela imprensa especializada, que também noticiou que o investidor do Enor (Estaleiro do Nordeste) em Alagoas está na Europa tentando finalizar a venda do empreendimento fluminense. A empresa de Efromovich nega a possibilidade de fechamento do estaleiro no Rio de Janeiro e promete pagar a folha atrasada ainda este mês, independente da venda. A crise também não negada pelo grupo é atribuída a um grande contrato fechado com a estatal venezuelana de petróleo PDVSA, que encomendou 10 navios e não honrou os pagamentos. O Eisa, situado na Praia da Rosa, no bairro da Ilha do Governador, segue com as operações paralisadas há mais de 30 dias. Além desse polo de construção naval, o Grupo Synergy atua no setor aéreo com a empresa Avianca, e na exploração de petróleo. O conglomerado ainda é dono do estaleiro Mauá e do ainda virtual Enor, em Coruripe, Litoral Sul de Alagoas. A crise em solo fluminense com possibilidade de venda do Eisa pode atrasar ainda mais e complicar a implantação do estaleiro alagoano, empreendimento com custo previsto em R$ 2,2 bilhões. O status do empreendimento apresentado como uma espécie de ?redenção? do Estado pela atual gestão é de espera pela licença ambiental definitiva pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ?novela? enfrentada há três anos pelo governo. A paralisação das atividades, a dívida e a tentativa de venda do Eisa surgem como novos obstáculos aos inúmeros já enfrentados para a concretização do bilionário estaleiro de Alagoas, que acabou se transformando na promessa não realizada mais emblemática do segundo mandato de Teotonio Vilela Filho (PSDB).